No Brasil, o Lookout tem 1 milhão de usuários. "É um de nossos dez maiores mercados", disse Hering à Folha. O app brasileiro Zoemob, um de seus principais concorrentes, tinha 100 mil usuários em dezembro de 2011.
O crescimento no país acelerou a criação da versão do software em português, em março deste ano, e a decisão de abrir um escritório em São Paulo, que deve ser concretizada até o final de 2013.
Segundo Hering, a expansão da base de usuários de smartphones colocou o Brasil em posição privilegiada no plano de expansão da companhia. "O desempenho de dispositivos com Android, que já é incrível, deve aumentar com a chegada de novos aparelhos com o sistema, ainda mais baratos", prevê.
Ele também discute parcerias com operadoras na América Latina para disponibilizar o aplicativo nos aparelhos --nos EUA, a Lookout tem acordos com T-Mobile e Verizon.
A escalada de crescimento da Lookout ocorreu nos últimos dois anos. Após quatro rodadas de investimentos, no total de US$ 75 milhões, a equipe passou de dez para cem pessoas, e a sede foi transferida de Los Angeles para San Francisco.
Em dois anos, a receita obtida no mercado americano passou de 70% para 30% do total. O restante está pulverizado entre 170 países.
"Boa parte disso se deve à popularização do Android em regiões como Ásia e América Latina", diz Hering.
O próximo passo, diz ele, pode ser a abertura de capital. "Não está em nosso futuro imediato, mas nosso objetivo é ser uma companhia sustentável e independente, e o IPO nos ajudaria nisso."
O ritmo de crescimento da Lookout fez de Hering um dos empreendedores de destaque do Vale do Silício. Em 2010, foi eleito pela "Business Week" um dos melhores jovens empreendedores de tecnologia.
Folha