Responsável pela aprovação de novos medicamentos, a Food and Drugs Administration (FDA) abriu caminho para o uso de uma espécie de pílula digital, capaz de monitorar a parte interna de um paciente, em todo o território dos Estados Unidos. É a primeira vez que o órgão libera uma tecnologia do tipo para fins médicos.
A principal utilidade da pílula produzida pela Proteus Digital Health seria identificar a eficiência de um determinado medicamento no organismo de um paciente que faz uso regular dela.
"Cerca de metade das pessoas não tomam seus remédios como deveriam. Esse equipamento pode ser a solução para o problema, permitindo que médicos saibam quando um paciente faz mesmo o que ele recomenda", diz o doutor Eric Topocal, do Scripps Translational Science Institute, da Califórnia (EUA), um cientista ouvido pela Nature.
A pílula é equipada com um chip interno feito de silício, cobre e magnésio e funciona em conjunção com um sensor que fica sob a pele e identifica batimentos cardíacos e outras informações do corpo.
Assim que ingerida e instalada no fluído estomacal, a pílula digital pode transmitir informações diretamente para o smartphone de um médico.
Por enquanto, o FDA aprovou o dispositivo baseado somente em estudos que usam pílulas placebo, muito embora a Proteus afirme que ele pode ser facilmente implantado em qualquer medicamento. As pílulas mais cotadas para receber o sistema de monitoramento são as relacionadas a doenças crônicas, que pedem o uso regular por diversos anos.
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