Tecido sensívelEngenheiros de
Hong Kong desenvolveram uma nova tecnologia
que permite que circuitos eletrônicos
amoldem-se ao corpo humano sem causar
qualquer desconforto.
A base de tudo está em um
tecido capaz de conduzir eletricidade,
permitindo a incorporação e a interligação
de componentes eletrônicos.
O tecido, que incorpora uma sensibilidade
à pressão de forma nativa, foi construído
com tipos especiais de plástico que
incorporam
nanotubos de carbono em sua composição.
A espessura do tecido altera-se quando
ele é esticado ou pressionado, variando a
intensidade da corrente elétrica que passa
por ele. Isso equivale a alterar sua
resistência elétrica, uma propriedade que
pode ser medida facilmente.
Tecido eletrônico resistente
Várias demonstrações de tecidos
eletrônicos - ou
e-tecidos - já foram realizadas antes,
mas o material tende a perder a capacidade
de conduzir eletricidade quando é exigido ao
extremo, ou seja, quando é submetido a uma
deformação muito intensa.
O grande feito da equipe do professor
Xiaoming Tao foi desenvolver um processo de
fabricação que produz fibras de
carbono-polímero muito resistentes, e que
pode ser usado em larga escala.
"Nosso novo tecido apresenta elevada
sensibilidade à deformação e pode ser
esticado como um elástico. Nós fabricamos um
protótipo que pode resistir e responder a
pressões de até 2.000 kPa," disse o
pesquisador.
Os testes mostraram que o tecido
eletrônico é lavável, à prova d'água, e
resiste à fadiga imposta por múltiplos usos.
Como desenvolveram um processo de
fabricação prático, os cientistas acreditam
que sua técnica poderá viabilizar o uso
prático do seu tecido eletrônico.
Para isso, eles se asseguraram de que o
material resultante fosse macio, leve e com
uma malha com uma densidade que permita que
a pele respire.