O caso, que ganhou destaque na mídia britânica, chama atenção para questões de privacidade na internet, principalmente quando dizem respeito a menores de idade.
A União Europeia (UE), por exemplo, discute uma proposta de lei conhecida como "direito ao esquecimento". Segundo a proposta, indivíduos poderiam solicitar a empresas de redes sociais como o Twitter para que seus todos os seus dados fossem retirados dos servidores.
Estas empresas teriam de acatar tais pedidos, a não ser que alegassem haver razões "legítimas" para não fazê-lo.
Uma porta-voz da Comissão de Justiça Europeia, Viviane Reding, disse à BBC que a proposta, divulgadas no ano passado, foi criada pensando nos jovens.
Brown encerrou sua página no Twitter após o escândalo, mas os posts polêmicos, que incluem ainda referência a uso de drogas e sexo, continuam disponíveis em outras plataformas.
A investigação da polícia de Kent visa determinar se Brown teria cometido algum delito com os tuítes que postou.
O caso teve grande repercussão pois a jovem é a primeira a ocupar o recém-criado cargo --no condado de Kent-- para funcionar como uma espécie de ponte entre a polícia local e os jovens.
DESCULPAS
Brown se desculpou pelos comentários e por possíveis ofensas causadas pelo que chamou de ''uso de linguagem inapropriada''.
Políticos locais estão agora pressionando para que a jovem renuncie ao cargo, mas a polícia de Kent e a comissária local, Ann Barnes, defenderam-na. Em um comunicado oficial, Paris Brown negou ser racista, homofóbica, pró-violência ou de fazer apologia das drogas. Ela diz que seus tuítes foram "estúpidos e imorais".
"Se sou culpada de alguma coisa, é de ter me exibido e de exagerar coisas no Twitter, e estou com muita vergonha de mim mesmo, mas não posso imaginar que fui a única adolescente a ter feito isso", comentou.
Ao fazer comentários públicos sobre o caso, na segunda-feira, Paris Brown chegou a chorar diante das câmeras.
Em defesa da jovem, a comissária de polícia afirmou que ''jovens cometem erros". "Os tuítes foram "uma desgraça, ela [Paris] está envergonhada e eu estou envergonhada por ela", disse Ann Barnes.
"A única desculpa que darei é que ela escreveu os comentários em sites de redes sociais quando tinha entre 14 e 16 anos e jovens cometem erros. Ela tem meu apoio...não acredito que isso vá acontecer de novo".
Folha Online