Este é o principal mote da háptica, uma tecnologia que fornece feedback tátil e promete fazer com que você possa tocar objetos virtuais.
As vibrações nos consoles de videogame são um exemplo de resposta háptica, embora existam resultados bem mais entusiasmantes, como aqueles capazes de dar calafrios na espinha ou permitir que os cirurgiões operem a sua espinha com mais segurança.
As telas sensíveis ao toque estão permitindo interações táteis impossíveis na era dos teclados. Mas a háptica pode fornecer o efeito complementar, permitindo que o usuário "sinta" o que está na tela.
Os engenheiros da Microsoft Research usaram a háptica para criar telas sensíveis ao toque 3D, que permitem a manipulação de objetos tridimensionais em ambientes virtuais.
A tecnologia recebeu o nome de Actuated 3-D Display with Haptic Feedback - tela 3-D acionável com feedback háptico, em tradução livre.
Tela mais braço robótico
O sistema consiste de uma tela sensível ao toque montada sobre um braço robótico, projetado para fornecer uma resposta sensível instantânea, incluindo movimentos suaves nos três eixos, dando uma sensação total de profundidade.
Ao mover um dedo sobre a tela, o usuário pode interagir com objetos 3-D, experimentando diferentes respostas de força que correspondem à simulação física de cada objeto - a tela detecta o movimento do dedo, e o robô se movimenta para fornecer o feedback físico.
Os usuários podem empurrar o dedo no espaço virtual até encontrarem uma das caixas, e o objeto simula a resistência adequada através de feedback de força conforme a pessoa tenta empurrar cada caixa.
Os criadores da tecnologia vislumbram aplicações imediatas da tecnologia no campo das imagens médicas.
"Eu posso ver uma imagem da parte frontal do cérebro e empurrar um dedo através das camadas do órgão para viajar através dos dados. É possível imaginar receber feedback háptico quando você encontra uma anomalia, como um tumor, porque podemos mudar a resposta háptica com base no que você toca. Você pode ter diferentes respostas quando tocar em tecidos moles ou duros, o que contribui para uma experiência muito rica," afirmou Michel Pahud, um dos criadores da tecnologia.
Na verdade, esse sonho já foi parcialmente realizado em 2007, quando um pesquisador sueco criou uma tecnologia que permite "tocar" o coração de um paciente real por meio da háptica.
Mais recentemente, outra conjugação de telas e braços robóticos, embora 2D, resultaram na criação do primeiro simulador de voo robótico.
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