Na semana passada, a empresa de genética norte-americana 23andMe conseguiu registrar a patente de um método que adivinha as características que uma criança terá a partir da combinação do DNA de seus pais.
Entre as características possivelmente adiantadas a patente descreve altura, peso, cor dos cabelos, riscos de câncer, defeitos cardíacos congênitos, expectativa de vida útil, atletismo e até expectativa de custos com saúde ao longo da vida. Isso vem sendo chamado de "projetor de bebês".
Embora clínicas de fertilização possam se apropriar do recurso para que as pessoas pudessem escolher como seus filhos seriam, a 23andMe garante que não é este o propósito da patente, que vem causando polêmica.
A revista eletrônica do MIT reuniu opiniões de uma série de publicações que se dizem preocupadas com o que a 23andMe pretende com seu método. A Genetics in Medicine foi um dos que questionaram a moralidade da patente, enquanto o Center for Genetics and Society pediu que a empresa se abstenha de oferecer qualquer produto que use isso e ainda impeça que outros o façam.
O furor, entetanto, talvez seja exagerado, pois é impossível garantir traços de uma criança com o método da 23andMe. A ideia é prever probabilidades e, usando técnicas reprodutivas, aumentar as chances de obter características desejadas, mas nem a comunidade científica entende totalmente a base genética para que se possa escolher como outra pessoa nascerá.
Olhar Digital