"Sempre estivemos preocupados com a possibilidade desse tipo de espionagem, motivo pelo qual continuamos a estender a criptografia entre mais e mais serviços e links do Google", disse David Drummond, chefe de aspectos legais da empresa americana, por meio de um comunicado.
"Não provemos a qualquer governo, incluindo o americano, com acesso a nossos sistemas. Estamos ultrajados com o quão longe o governo [dos EUA] parece ter ido para interceptar dados de nossas redes privadas de fibra [ótica], e isso sublinha a necessidade de reforma urgente", continuou.
Em nota, a NSA não falou diretamente sobre o assunto, mas disse que havia se focado em captura de dados "estrangeiros", segundo o "New York Times". Também disse não ser verdade que estaria coletando "vastas quantidades" de dados de americanos por meio desse método.
Segundo os documentos que vieram à tona, a NSA interceptou texto, áudio, vídeo e outras informações provenientes de centenas de milhões de contas de usuários, muitos dos quais eram americanos, por meio do grampo. Além do Google, cabos do Yahoo! teriam sido espionados.
No mesmo dia das revelações, o Google e o Yahoo! disseram não saber dessa captura de dados.
A revelação aconteceu horas depois de uma delegação da inteligência alemã ter aterrissado em Washington para conversar com a Casa Branca sobre as alegações de grampo do celular de Angela Merkel, chanceler da Alemanha.
Isso vem gerando uma crise diplomática de grande magnitude. O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, disse que, caso seja verdade que a Espanha também foi alvo de espionagem, isso seria "inapropriado e inaceitável entre parceiros."
A ONU disse que recebeu confirmações de que não era espionada pela agência de inteligência americana, diz a BBC.
Folha Online