Conforme os equipamentos são miniaturizados, as baterias precisam seguir o mesmo caminho.
Até que os nanogeradores e sua promessa de colher energia do meio ambiente consigam fazer o percurso do laboratório até o mercado, a solução é fazer baterias recarregáveis cada vez menores.
E não apenas menores, mas que consigam armazenar mais energia.
Esta, do tamanho de um grão de arroz, criada por Honghao Chen e seus colegas do laboratório PNNL, nos Estados Unidos, tem mais que o dobro da densidade de energia em comparação com as microbaterias atuais.
Ela não poderia ser maior porque sua função é alimentar os sensores que vão monitorar a migração de salmões. Para facilitar o trabalho no campo, o sistema inteiro deve ser injetado no peixe.
Densidade de energia
Embora existam baterias menores, elas não apresentam a densidade de energia necessária para o monitoramento por longos períodos e a transmissão dos dados coletados.
A maior densidade de carga foi obtida aprimorando uma técnica de enrolamento já usada em baterias maiores. Os materiais laminados são enrolados em camadas, com um material separador entre um catodo feito de fluoreto de carbono e um anodo de lítio.
A laminação permitiu aumentar a área dos eletrodos sem aumentar sua espessura, viabilizando a miniaturização da bateria.
A microbateria pesa 70 miligramas e mede 6 mm de comprimento por 3 mm de largura. Ela possui uma densidade de energia de 240 watts/hora por quilograma, em comparação com os 100 watts/hora por quilograma das microbaterias tipo botão disponíveis no comércio.
"A invenção desta bateria essencialmente revoluciona a biotelemetria, permitindo o estudo dos estágios iniciais de vida dos salmões de uma forma que não era possível até agora," comemora o professor Brad Eppard, biólogo estudioso de salmões que está incorporando a microbateria em seus equipamentos de monitoramento.
Inovação Tecnológica