Modelo padrão da cosmologia
A cosmologia passou por uma mudança de paradigma em 1998, quando pesquisadores anunciaram que a taxa de expansão do Universo estaria se acelerando.
Hoje já há dúvidas sobre a velocidade de aceleração dessa expansão do Universo, mas o fato é que a ideia de um tipo de energia desconhecida - chamada de energia escura - constante ao longo do espaço-tempo, funcionando então como uma constante cosmológica, tornou-se o modelo padrão da cosmologia.
Agora, astrofísicos acreditam ter encontrado uma descrição melhor para o que está acontecendo, o que pode incluir a transferência de energia entre a energia escura e a matéria escura.
Valentina Salvatelli e Najla Said, da Universidade de Roma, na Itália, usaram dados de uma série de pesquisas astronômicas, incluindo o SDSS (Sloan Digital Sky Survey), que recentemente divulgou o primeiro mapa da matéria escura, para testar diferentes modelos de energia escura.
E os dados não se encaixaram muito bem dentro da teoria. "Há muito mais dados disponíveis agora do que em 1998, e parece que o modelo padrão já não é suficiente para descrever todos os dados. Nós acreditamos ter encontrado um modelo melhor da energia escura," afirmam elas.
Destino do Universo
De fato, os dados mais recentes estão mostrando que o modelo cosmológico padrão não consegue explicar uma variedade de eventos, em especial o crescimento da estrutura cósmica, das galáxias e dos aglomerados de galáxias, que parecem ser mais lentos do que aceito anteriormente.
Um dos exemplos mais contundentes desse descasamento entre teoria e dados observacionais foi anunciado há poucos dias, quando a equipe de Peter Milne, da Universidade do Arizona, mostrou que as supernovas Ia, usadas justamente para medir a expansão do Universo, não são sempre iguais como se supunha.
Pela interpretação da equipe italiana, os dados mostram que estaria havendo uma transferência de energia da matéria escura para a energia escura - é como se a energia escura estivesse lentamente "sugando" a matéria escura, fazendo-a desaparecer.
Com a diminuição da quantidade de matéria escura, o crescimento da estrutura do cosmos estaria então diminuindo de ritmo. E, com uma quantidade de matéria escura cada vez menor, ao longo de bilhões de anos as galáxias deverão lentamente se esfacelar - a hipótese de uma matéria escura foi levantada justamente para explicar a gravidade que mantém as galáxias coesas, que se esfacelariam se dependessem unicamente da gravidade das estrelas e planetas e outros corpos celestes.
"Este estudo é sobre as propriedades fundamentais do espaço-tempo. Em uma escala cósmica, estamos falando sobre o nosso Universo e seu destino. Se a energia escura está crescendo e a matéria escura está evaporando, vamos acabar com um grande e chato Universo vazio, com quase nada nele," disse o professor David Wands, que coordenou o estudo.
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