O
Japão será um dos países mais conectados do mundo
O
Japão será um dos países mais conectados do mundo até 2007, uma vez
que as tarifas baixas de conexão estão estimulando os serviços de banda
larga, informou hoje um relatório do governo.
O Ministério de
Telecomunicações disse em seu relatório anual que 60 milhões de
japoneses, quase metade da população, estará surfando na Internet em
redes de alta velocidade até 2007. Atualmente, 20 milhões de internautas
usam a banda larga no país.
Embora o Japão esteja na
liderança mundial em celulares com acesso à Web, durante muitos anos
correu na lanterna em relação a outros países desenvolvidos em termos
de conexões de Internet, em parte por causa da falta de competição no
mercado interno e das tarifas de acesso, entre as mais caras do mundo.
O Japão também ficou
bem atrás da Coréia do Sul na adoção de conexões de Internet de alta
velocidade, mas agora está bem posicionado depois do lançamento, em 2001
pelo provedor Softbank, de um serviço de linha digital assimétrica ao
assinante (ADSL) a preços reduzidos.
O Japão é agora o
terceiro país do mundo em número de assinantes de banda larga, atrás
dos Estados Unidos e da Coréia do Sul, mas tem o acesso mais barato do
mundo, segundo o relatório.
Uma conexão de alta
velocidade no Japão custa cerca de 6%, ou 1/16, da tarifa
norte-americana. Em 2002, o Japão chegou aos 18,7 milhões de assinantes
de banda larga, disse o relatório, ao custo médio de 2 mil ienes (US$
17) por mês.
Analistas dizem que,
mesmo que a competição seja benéfica para os usuários, os provedores
estão enfrentando prejuízos consideráveis. O Softbank, maior provedor
de banda larga do país, teve prejuízo líquido de 100 bilhões de ienes
(US$ 848 milhões) no ano que terminou em 31 de março.
O relatório também
afirmou que, ainda que o Japão esteja fazendo progressos em
infra-estrutura de banda larga, os provedores não estão aproveitando as
vantagens da alta velocidade em seus produtos.
"O mercado de conteúdo
de Internet no Japão ainda não decolou", disse Yoshinori Shibayama,
vice-diretor da divisão de política do Ministério das Telecomunicações.
"Os usuários dizem que o preço é alto demais e não há conteúdo
atraente de fato."
O estudo também disse
que a receita de serviços de banda larga, incluindo conteúdo de áudio e
vídeo e serviços financeiros, vai aumentar cinco vezes, para 10,2 trilhões
de ienes, até 2007.
Reuters
|