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Critérios básicos para quem vai exibir Flash
Ok, você vai usar Flash em projetos comerciais e está
certo disso. Então tente não perder ninguém: use versões mais antigas,
tenha alternativa pronta e mais uns dois ou três truques.
Frederick van Amstel
Durante o planejamento de um website, é consenso definir o público-alvo. Um
método interessante é a utilização de alguns modelos possíveis de usuários
(personas).
Assim, um site de produtos de limpeza poderia ter uma dona de casa em busca do
serviço de atendimento ao consumidor ou um representante comercial em busca
de formulário de pedidos etc. Ao mesmo tempo, é importante questionar se
todos os membros do público-alvo disponham do aparato tecnológico necessário
para usar o site.
O Macromedia Flash requer considerar: plugin, conexão, processamento e, o
mais importante, experiência de navegação do usuário. Um site 100%
Flash requer audiência qualificada, capaz de descobrir onde clicar se
nada se parece com botões ou links, que não ficaria desesperada se clicasse
o botão voltar do navegador e, inesperadamente, caísse em outro site.
Se você passar por essa difícil decisão e ter certeza de que vale a pena
usar Flash, escolha a sua versão. Quanto mais antiga, maior chance de ter
instalado no computador do usuário.
A versão 4 está presente em 98% dos browsers, segundo uma antiga pesquisa da
Macromedia. Embora a versão 6 MX ofereça novos recursos, a procura pelo
download não foi tão grande quanto a da versão 5 - a que oferece hoje o
melhor balanço entre recursos e distribuição de plugin. Isso aconteceu
porque a maioria dos usuários pegou o plugin 5 na carona da atualização do
Internet Explorer.
É difícil alguém se dar ao luxo de esperar quase 10 minutos
(conexão discada) para instalar o plugin sem saber exatamente o que ele pode
oferecer (a tela de instalação padrão do browser não é nada promocional e
os sites que pedem o plugin também não explicam as vantagens de instalar).
Então, se a Microsoft só lançar o novo Internet Explorer daqui há dois
anos, como indicam os rumores, nada de sair por aí exigindo o novíssimo
plugin 7 a torto e a direito.
É muito comum ver sites exigindo o plugin mais atual desnecessariamente. Boa
parte do que é produzido em Flash pode ser distribuído na versão 4.
Isso acontece só por desleixo da equipe de desenvolvimento.
Outro fator desconsiderado é que a exibição de animações e interfaces
complexas exige alta capacidade de processamento. Um processador de 400 Mhz já
apresenta graves problemas para o usuário, especialmente se ele tiver várias
janelas abertas.
No entanto, a maior preocupação com relação ao Flash é o problema que
fica mais visível: demora no carregamento. Costumo dizer para clientes que ninguém
espera mais que 10 segundos na frente da tela do computador sem
interagir. Claro que as coisas não são estanques assim. Então, mantenha o
donwload de um arquivo em Flash em até 150Kb, mostre uma clara barra de
carregamento (sem informações demais) e apresente algum joguinho leve para
distrair os usuários mais pacientes (aqueles que não sabem que podem navegar
em outras janelas enquanto isso).
Muita gente cai no erro de seccionar o Flash em vários arquivos separados.
Por que fazer isso, se o Flash suporta fluxo de dados (streaming - mostrar
conteúdo à medida que carrega)? Basta saber controlá-lo. A prática de
dividir em arquivos separados é errada – aumenta o tempo de download porque
gera alguns Kbytes a mais para cada arquivo SWF (cabeçalhos do próprio SWF e
da conexão HTTP). Quem já experimentou baixar vários arquivos ao mesmo
tempo numa conexão discada sabe.
Então, podemos chegar a seguinte conclusão da realidade brasileira: o plugin
mais atual não está instalado na maioria das máquinas, a conexão discada
predomina e o hardware não é grande coisa. Se as escolhas de usar Flash
podem excluir 10% da audiência de um site, então considere que excluirá 10%
do seu retorno financeiro. Isso é um desperdício considerável.
Dicas para publicação em Flash:
- Não coloque conteúdo em Flash na home sem detecção. A tela do
browser que pergunta se o usuário deseja instalar o plugin demora a
aparecer e é complicada
- Assim como é possível que o navegador não conte com o plugin, é possível
que o Javascript esteja desligado. A dica é inverter a ordem: exibir por
padrão o menu em HTML e substituir pela versão Flash caso o plugin seja
confirmado
- Não coloque na página inicial uma tela para o usuário escolher qual
versão do site deseja. Para ele pouco importa a tecnologia usada pelo
site, o que importa é seu conteúdo. Além disso, muitos nem sabem o que
é "Flash"
- Ao invés de usar um detector de versão em Javascript que pode falhar,
coloque um dentro de um arquivo
de Flash 4
- Coloque um pequeno link em HTML próximo do conteúdo em Flash, caso a
detecção falhe
- Remova
seu Flash Player e instale versões
antigas do Flash Player para testar a detecção
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