Futuras
baterias de laptops durarão um dia inteiro
Intel, maior fabricante mundial de semicondutores, espera que dentro de
alguns anos os laptops possam funcionar o dia inteiro com uma única bateria,
graças às melhorias no chip Centrino da empresa.
Dave Perlmutter, o encarregado
dos processadores para laptops na Intel, disse na última terça-feira que os
novos laptops de alta eficiência em consumo de energia se tornarão mais e mais
populares junto às empresas e seus funcionários, apenas 30% dos quais dispõem
de laptops no momento.
Uma vez que possui a sua
disposição um protótipo de um laptop desse tipo, Perlmutter, quebrou uma
tradição familiar: a de não levar computadores em feriados.
Dois filmes em DVD executados
em um laptop que não precisou de recarga de bateria mantiveram sua filha, de 11
anos, entretida durante as cinco horas de uma viagem de carro que fizeram
durante um feriado. "Não ouvimos um pio no banco de trás durante toda a
viagem", disse ele em entrevista por telefone, durante uma conferência
sobre telefonia móvel em Londres.
Cinco horas é mais tempo que
os usuários de computadores costumam conseguir com uma única bateria em
notebooks mais antigos. Normalmente, três horas é o máximo obtido. Mas
Perlmutter acredita que cinco horas ainda não seja o bastante.
"No ano que vem, o tempo
de uso vai aumentar em mais uma hora. Mas a verdadeira virada acontecerá quando
formos capazes de produzir laptops que possam operar sete ou oito horas com uma
única bateria. No ano que vem, já haverá um ou dois modelos capazes disso,
mas para a média dos computadores portáteis serão precisos alguns anos para
que esse desempenho seja atingido", disse ele à Reuters.
Perlmutter é gerente geral do
Grupo de Plataformas Móveis da Intel, a unidade responsável pelos chips
Centrino para laptops, lançados no começo deste ano. O plano da companhia é
que o Centrino seja para os laptops o que o Pentium é para os computadores de
mesa. A líder mundial dos processadores está investindo US$ 300 milhões em
uma campanha para divulgar a nova linha de chips.
Reuters
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