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França
consegue fazer a primeira clonagem de ratos
Pesquisadores franceses conseguiram fazer a clonagem de ratos, a primeira desta
espécie que é um modelo importante de pesquisa para as doenças humanas como o
diabetes e a hipertensão, segundo artigo publicado na revista científica
americana Science. De acordo com os autores da pesquisa, a clonagem em ratos
nunca havia sido conseguida até hoje por causa de uma particularidade dos ovócitos
destes roedores, que se ativam espontaneamente nos 60 minutos seguintes à sua
saída do oviduto (trompas de Falópio), não dando tempo para os pesquisadores
fazerem o procedimento de clonagem.
Os cientistas conseguiram
superar o obstáculo, acelerando o procedimento de "transferência
nuclear", que consiste em injetar nos ovócitos sem núcleo o núcleo de
uma célula do rato a ser clonado. Eles também utilizaram um inibidor de
protease (chamado MG132), que tem o efeito de "estabilizar" o ovócito
em até três horas.
Graças a esse método, os
pesquisadores puderam implantar 129 embriões clonados em duas fêmeas, uma das
quais foi fecundada, produzindo três filhotes machos: um morreu pouco após o
nascimento e os outros dois conseguiram se desenvolver até a idade de reprodução
normal.
Os cientistas também
conseguiram produzir duas fêmeas clonadas, que se reproduziram,
"demonstrando o potencial da técnica para o desenvolvimento de linhagens
de ratos férteis dos dois sexos", concluíram.
Os trabalhos foram realizados
por uma equipe dirigida por Jean-Paul Renard, do Instituto Nacional de Pesquisa
Agronômica em Jouy-en-Josas (região parisiense), e foram publicados em um
breve resumo no site da revista Science na Internet (www.sciencepress.org).
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