Internet Explorer apresenta mais 5 falhas graves

Helena Nacinovic
Foram descobertas cinco novas vulnerabilidades no Internet Explorer, o navegador web da Microsoft, de acordo com relatório da empresa de segurança Secunia. As vulnerabilidades podem ser exploradas para comprometer as máquinas afetadas, permitindo que atacantes tenham acesso remoto ao sistema local e a informações confidenciais. As falhas foram identificadas pelo pesquisador de segurança chinês, Liu Die Yu, e descritas pela Secunia em um alerta divulgado ontem.

As vulnerabilidades foram classificadas como "extremamente críticas" e ainda não têm correções disponíveis. As versões do Internet Explorer afetadas são a 5.01, 5.5 e 6. O executivo da Secunia, Thomas Kristensen, disse ao site de notícias The Register que as cinco falhas podem ser combinadas para instalar arquivos executáveis, como vírus, cavalos de Tróia e discadores para serviços por minuto. Kristensen afirmou também que acredita que a Microsoft não vai abrir exceção na nova regra de alertas mensais de segurança para disponibilizar uma correção para essas vulnerabilidades, a menos que elas comecem a ser exploradas em massa.

A primeira falha está no recurso de redirecionamento que usa o processador de URL "mhtml:". Essa função pode ser explorada para contornar uma verificação de segurança no Internet Explorer, que normalmente impede que sites na zona Internet consultem arquivos locais. O mesmo recurso de redirecionamento tem uma segunda vulnerabilidade, que pode ser explorada para fazer o download e executar arquivos maliciosos no sistema do usuário.

A terceira vulnerabilidade está no módulo de script entre sites e pode ser explorada para executar scripts na zona de segurança associada a outro site, caso ela contenha um subframe (quadros com informações dentro de páginas da Web). Isso permitiria que um atacante executasse scripts maliciosos no sistema local. A quarta falha encontrada é uma variação de uma vulnerabilidade corrigida, mas que ainda pode ser explorada para "seqüestrar" os cliques de mouse do usuário e executar ações sem o conhecimento dele. A quinta vulnerabilidade está na funcionalidade de download, que pode ser explorada para expor o diretório de cache do usuário. Essa vulnerabilidade não afeta todas as versões do programa e pode ter sido corrigida no último patch do Internet Explorer.

As falhas são graves e, segundo a Secunia, já existem exploits disponíveis. A solução temporária sugerida é desativar a função Active Scripting do Internet Explorer, o que desativaria também as vulnerabilidades. No entanto, alguns sites se utilizam de tarefas que não podem ser realizadas sem essa função.
 InfoGuerra

 

 

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