A nova ordem sexual


Quarenta anos depois da pílula, as mulheres fazem a revolução de verdade


PAULA MAGESTE COM REPORTAGEM DE LUCIANA VICÁRIA E RENATA LEAL

Elas não têm nada contra namorar, casar ou morar junto; muitas sonham ter filhos. Continuam querendo um relacionamento. Mas não necessariamente agora - o momento é de experimentar e se divertir. Sem compromisso. Patrícia Candeias, por exemplo, é uma vendedora de 27 anos que passou cinco sem namorado, curtindo seus 'amigos preferenciais'. A agente de viagens Regilaine Santos, também de 27 anos, acha natural fazer sexo casual e acredita que as mulheres não se prendem mais a convenções que as impeçam de buscar o prazer. Se forçadas a fazer uma opção, as cariocas Bruna Dantas e Raquel Koelher, de 25 e 22 anos, escolheriam sexo em vez de amor. Mesmo sem a menor intenção de lutar pelos direitos das mulheres ou fazer panfletagem feminista, essa geração é protagonista de uma revolução que está em curso e cujos desdobramentos saltam aos olhos. Os homens que o digam: 'A mulher está tomando as rédeas da relação, sabe quando e como quer o sexo', afirma Tiago Martins dos Santos Leal, de 25 anos, estudante de medicina de Santos, em São Paulo.

Na noite, nas mesas de bar, a conversa dos homens tem sido esta: as mulheres estão decididas, objetivas e tomam a iniciativa não só na paquera como no sexo. Elas estão, dizem eles, agindo como homens. Segundo a jornalista americana Paula Kamen, autora de Her Way - Young Women Remake the Sexual Revolution (Do Jeito Delas - Jovens Mulheres Refazem a Revolução Sexual), da Broadway Books, a verdadeira revolução feminina começa aí. 'O perfil sexual de homens e mulheres está muito parecido, em termos de idade da iniciação, número de parceiros e encontros casuais', explica. Paula, de 34 anos, acredita que as moças na casa dos 20 e dos 30 não estão meramente imitando o comportamento masculino - o bom e o ruim -, mas forjando sua identidade sexual.

Mais do que uma revolução, trata-se de uma evolução. Ao longo dos últimos 40 anos, as mulheres se desenvolveram progressivamente e estão alterando de fato as normas. 'A revolução dos anos 60 permitiu que elas fizessem sexo sem engravidar, dentro ou fora do casamento, mas as regras do jogo continuaram a ser ditadas pelos homens', assinala Paula. 'Agora, elas estão tomando o controle da situação, o poder de decidir quando, como, quanto e o que querem

 

 

Arquivo de Notícias>> clic

mais noticias... clic

 


e-mail

Copyright© 1996/2003 Netmarket  Internet -  Todos os direitos reservados
Melhor visualizada em 800x600 4.0 IE ou superior

Home