MyDoom infecta mais de 1 milhão de computadores


Da France Presse


O vírus MyDoom, considerado o de mais rápida disseminação da história, já infectou mais de um milhão de computadores em todo o mundo desde que foi detectado no dia 26 de janeiro. A estimativa é da empresa finlandesa de segurança em informática F-Secure.

Em comunicado publicado em seu site, a companhia diz tratar-se do ataque mais importante de todos os tempos.

A versão original do vírus tirou do ar neste domingo o site da fabricante norte-americana de software SCO. No próprio domingo, a SCO explicou que "começou com um ataque em grande escala impedindo o acesso ao site, tornando-o completamente inacessível".

Há quem considera que os ataques contra a SCO e contra a Microsoft, previsto para esta terça-feira, cuja página www.microsoft.com poderá ser desativada pelo MyDoom.B, têm a assinatura de Linux.

Esse programa de livre acesso é visto como um instrumento de luta contra o domínio do grupo de Bill Gates no setor da informática. A SCO, proprietária dos direitos intelectuais do sistema rival de pagamento Unix, é acusada de servir aos interesses de Microsoft.

Segundo outra empresa de segurança, a mi2g, o MyDoom é, em termos de propagação, "o pior vírus de computador da história", apesar dos sinais de fadiga apresentados na sexta-feira, quando registrava uma taxa de infecção de 40% de todos os e-mails no planeta.

Especialistas e empresas continuam divididos em relação às conseqüências do ataque.

De mais rápida disseminação que o vírus SoBig.F, que deu um prejuízo de US$ 37,1 bilhões, o MyDoom já provocou perdas econômicas de US$ 26,1 bilhões, segundo a mi2g.

A SCO e a Microsoft oferecem uma recompensa de US$ 500 mil (US$ 250 mil cada) por qualquer informação que permita a prisão e condenação dos criadores das duas versões do MyDoom.

Ao contrário dos demais vírus do tipo worm, o MyDoom não faz promessas de fotos pornográficas. Ele chega como se fosse uma mensagem de erro enviada pelo servidor de e-mail, avisando que a mensagem enviada não pôde ser entregue. Curioso para descobrir quem deixou de receber sua mensagem, o usuário clica no anexo e instala o vírus.

Além do e-mail, o Mydoom também usa sistemas P2P (peer-to-peer), como o KaZaA, para se distribuir. Outro perigo apresentado por ele é a instalação de um cavalo de tróia na máquina contaminada, o que permite o roubo de informações e a manipulação remota do sistema.

O worm não tira vantagem de nenhuma falha ou vulnerabilidade de software, e foi projetado para convencer os destinatários de um e-mail a abrir um arquivo anexo e executar os programas nele contidos.

O MyDoom chega em mensagens com um arquivo de extensão exe, .scr, .zip ou .pif, e pode conter na linha de assunto as palavras "status" ou "test". Ele ataca somente computadores que usam o sistema operacional Windows.

O MyDoom também se envia aos endereços de e-mail arquivados no PC do destinatário, e está congestionando os servidores de e-mail das redes nas empresas.

O vírus também abre a porta TCP 3127 da máquina infectada, permitindo que um hacker obtenha o controle do equipamento, podendo até mesmo roubar, manipular ou destruir todo tipo de informações.

Proteja-se

 

 

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