Cientistas desvendam morte cerebral
O estado do cérebro humano no momento da morte foi mais bem
compreendido por pesquisadores norte-americanos da Universidade da Califórnia.
Segundo eles, alguém que morre rapidamente - de um ataque cardíaco,
por exemplo -, ativa um série de genes diferentes daqueles que são
ativados por pacientes que tiveram mortes demoradas - como os que
sofreram falhas de órgãos ou entraram em coma.
Os cientistas pesquisavam sobre
outro assunto quando fizeram a descoberta. Eles analisavam os cérebros
de 40 pessoas mortas, entre elas pacientes de depressão, desordem
bipolar ou esquizofrênia, para procurar genes ativados anormalmente, em
busca de um melhor entendimento dessas doenças mentais. No entanto, o
que descobriram foi que existiam dois grupos de genes ativos que se
dividiam claramente entre as pessoas que tiveram uma morte rápida e as
que morreram lentamente.
Os pesquisadores supõem que,
nos casos de morte demorada, o cérebro pode ativar genes diferentes
para sobreviver, quando está sofrendo por falta de oxigênio e açúcares.
Ao mesmo tempo, ele inibe os genes do metabolismo de energia,
provavelmente porque suas células estão com falta de nutrientes. Além
disso, as pessoas que demoraram mais para morrer também apresentaram
tecidos cerebrais mais ácidos. Isso porque células com pouco oxigênio
fabricam produtos ácidos para criar energia.
A descoberta pode ajudar os médicos
a prever quando um paciente está se aproximando da morte cerebral, pois
poderão perceber as proteínas ou moléculas metabólicas que se ativam
no cérebro de quem está prestes a morrer.
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