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Crackers roubaram R$ 100 mi via scam em 2003
SÃO PAULO - Os phishing scams renderam algo em torno de 100 milhões de
reais para os crackers brasileiros no ano passado. A estimativa é do IPDI
(Instituto de Peritos em Tecnologias Digitais e Telecomunicações), que cuida
da perícia forense do mundo digital e trabalha em parceria com as polícias e
os ministérios públicos federal e estaduais.
Pelas estimativas do IPDI, também, mais de 100 mil correntistas
brasileiros caíram em golpes de falsos recadastramentos, falsos sorteios e
falsas novas exigências dos bancos no ano de 2003. O Instituto afirma que
este tipo de fraude aumentou muito de dezembro de 2002 para cá. "É
importante frisar que os bancos online são seguros e podem ser usados, por
meio de seus endereços oficiais na web. Os golpistas se aproveitam mesmo é
do elo mais fraco - que somos nós, usuários. Eles aproveitam a falta de atenção
e a ingenuidade do usuário, que não repara que o e-mail falso é cheio de
erros de português e que não existem vantagens gratuitas, como ser sorteado
para uma viagem do nada, sem ter participado de uma promoção", conta
Ricardo Theil, presidente do IPDI.
Segundo Theil, a maioria dos scammers ainda prefere efetuar transferências
de pequeno valor (em média, 300 a 400 reais por operação) nas contas das vítimas
para não levantar suspeitas dos bancos - mas existem casos isolados em que as
vítimas chegaram a perder quatro mil e 10 mil reais para os golpistas
virtuais. Em boa parte dos casos, diz, os bancos têm ressarcido o prejuízo
de seus clientes.
O especialista em segurança entrega também que atualmente os keyloggers
(programas que captam tudo o que é digitado pelo usuário no teclado do
computador) usados pelos crackers estão muito mais sofisticados, a ponto de só
serem acionados quando a vítima entra no internet banking - para o golpista não
ficar perdendo tempo com informações que não têm nenhuma importância para
ele. A dica de segurança aqui é a mesma de sempre: não baixe programas de
procedência duvidosa e não abra anexos de e-mails só porque (aparentemente)
foi uma pessoa que você conhece que mandou a mensagem.
Renata Mesquita, do Plantão INFO
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