|
Britânicos
cogitaram bomba movida a galinhas
Os Arquivos Nacionais da Grã-Bretanha liberaram, hoje, um relatório
secreto de 1957 do Ministério da Defesa em que cientistas
contemplaram a idéia de colocar galinhas vivas no invólucro de uma
mina terrestre de plutônio. Esperava-se que o calor corporal das
aves evitasse que o mecanismo da mina congelasse.
O relatório, que lista maneiras de estender a vida da mina
armada, propunha "incorporar alguma forma de aquecimento
independente de suprimento de força sob o casco da arma na
plataforma. Galinhas, com uma produção de calor na ordem de 1.000
BTU diária por ave, são uma possibilidade".
Não foram poucas as pessoas a acreditarem que o relatório
tratava-se de mais um caso de 1° de Abril. Andy Oppenheimer, do Anuário
de Armas da Jane, disse que achava difícil de acreditar na idéia.
Para ele, enrolar o mecanismo em fibra de vidro teria sido uma idéia
muito melhor. O Times de Londres apostou tratar-se de um trote,
perguntando "será hoje o dia de descobrirmos a bomba movida a
galinhas?". A manchete ganhou a primeira página do jornal, no
entanto.
Devido ao ceticismo de tantos, o chefe de imprensa e publicidade
dos Arquivos Nacionais, Andy Oppenheimer, foi a público declarar
que "é uma história genuína". Tom O' Leary, chefe de
educação e interpretação do órgão, disse não ter dúvidas de
que o documento é autêntico. Ele disse que a idéia é apenas
citada brevemente em um longo documento.
O dispositivo de sete-toneladas, chamado "Pavão Azul",
seria detonado à distância, com timers, no caso de uma retirada
frente a tropas soviéticas invasoras, assim evitando que eles
ocupassem a área. O projeto começou em 1954, baseado num projeto
de bomba de queda-livre chamado "Danúbio Azul", mas
acabou abandonado em 1958 devido a restrições em relação à
contaminação radioativa.
AP
|