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Após torturas, Rumsfeld proíbe celulares com câmeras no Iraque
da Folha Online
Depois da divulgação de imagens de soldados norte-americanos torturando
iraquianos na prisão de Abu Ghraib, o secretário da Defesa dos Estados Unidos,
Donald Rumsfeld, proibiu o uso de celulares equipados com câmeras digitais nas
bases militares dos Estados Unidos no Iraque.
De acordo com o jornal "The Business", o Departamento de Defesa
acredita que algumas das fotos que ajudaram a manchar a reputação do Exército
americano foram tiradas com celulares equipados com câmeras digitais.
"Câmeras digitais, filmadoras e celulares com câmeras foram proibidos em
bases militares no Iraque", disse a fonte ao jornal. Segundo a fonte,
"é provável que os equipamentos sejam banidos de bases militares
americanas".
Novas
fotos de soldados americanos torturando e abusando de prisioneiros
iraquianos foram divulgadas na semana passada, apesar dos esforços do governo
norte-americano em manter o material longe do público. As fotos foram
publicadas no jornal "Washington Post".
Além das imagens, o jornal trouxe depoimentos de presidiários de Abu Ghraib
dizendo que eles foram agredidos, sodomizados e molestados sexualmente por
militares americanos.
Diversão
De acordo com o "Washington Post", os militares americanos que
torturaram prisioneiros iraquianos em Abu Ghraib nem sempre estavam
"preparando" os presos para interrogatórios, mas punindo os detentos
ou simplesmente se divertindo.
Diversas fotografias realizadas por militares americanos na prisão foram
divulgadas recentemente, incluindo imagens de um homem encapuzado e conectado a
fios elétricos e de três presos nus algemados e deitados no chão.
Segundo o jornal, documentos mostram que os militares realizaram as fotografias
para se divertir ou para punir os prisioneiros por rebeliões e um suposto caso
de abuso sexual contra um adolescente na prisão, entre outras ações.
Os documentos incluem declarações de quatro dos sete reservistas da Polícia
Militar americana que foram indiciados depois da divulgação do escândalo de
abusos em Abu Ghraib: Sabrina Harman, Jeremy Sivits, Javal Davis e Lynndie
England.
Com France Presse
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