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Sem provas, médico italiano
confirma nascimento de clones humanos
da Folha Online
O médico italiano Severino Antinori anunciou nesta quarta-feira que pelo menos
três clones humanos nasceram a partir de experiências reprodutivas com as
quais ele colaborou. Ele não apresentou provas científicas da façanha.
"Pelo menos três [das experiências] deram certo", disse Antinori.
"A transferência nuclear funcionou", acrescentou, em referência a
uma técnica de clonagem na qual o material genético de uma célula adulta é
transferido para um óvulo vazio --técnica semelhante à que deu origem à
ovelha Dolly.
De acordo com o médico, sua participação nos experimentos foi apenas de
"conselheiro". "Estou repetindo as informações que tive de que
isso aconteceu", disse durante um congresso sobre tecnologia reprodutiva,
em Roma.
Ele se recusou a dizer se os bebês nasceram de uma única gestação ou de mães
diferentes, justificando que o assunto ainda é um "grande tabu".
Antinori ganhou notoriedade em 1993, quando ajudou uma mulher de 62 anos a
engravidar utilizando um óvulo doado. Porém, seu trabalho com clonagem humana
é visto com ceticismo, já que o médico nunca mostrou evidências confiáveis
de que teve sucesso.
Em maio de 2002, ele anunciou que três mulheres estavam grávidas de fetos
clonados --uma delas na décima semana de gestação, outra na sétima e a última
na sexta.
Em novembro do mesmo ano, o médico voltou a falar com a imprensa, dizendo que
uma mulher daria à luz em janeiro a um clone, mas não deu detalhes de onde o
nascimento ocorreria. Desde então, ele se recusava a tocar no assunto.
No último ano, o movimento raeliano --uma seita que acredita que a vida na
Terra foi criada por visitantes do espaço-- disse que tinha produzido o
primeiro clone humano do mundo, mas também não demonstrou evidências científicas
do feito.
Com Reuters
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