Advogado é
multado por latir para testemunha
Um advogado que latiu como um cachorro para uma testemunha
durante um depoimento na cidade de Nova York, nos EUA, foi
multado em US$ 8,5 mil por conduta inapropriada e assédio de
oponentes.
O advogado, David Fink, fez declarações falsas, foi incapaz
de obedecer ordens da corte e teve uma conduta inadequada
durante um processo por quebra de contrato sobre projetos de
decoração interior de ambientes, segundo o juiz da Suprema
Corte de Manhattan, Charles Ramos.
O cliente de Fink, Carl Levine, representa designers de
decoração de interiores para empreiteiros e outros
licenciados. Ele processou um casal, Laurette Angsten e Kit
Kittle, alegando que não haviam lhe pagado o dinheiro que
deviam por fazer propaganda de seus produtos.
Durante um depoimento em que Kittle estava dando depoimentos
sob juramento no dia 16 de Janeiro de 2002, ele se referiu às
cartas que havia recebido de Fink. Ele as chamou de ameaçadoras,
de cartas de um "advogado cachorro louco", segundo o
advogado de Kittle, Samuel Friedman.
Na continuação do depoimento um dia depois, disse Friedman,
Fink começou a latir como um cachorro quando Kittle foi
perguntado sobre as cartas por Donald Creadore, o advogado que
tinha assumido o caso de Levine no lugar de Fink.
Friedman disse que Fink "se comportou de maneira
bastante sarcástica, fazendo as testemunhas se sentirem
intimidadas, falando junto com outras pessoas e dificultando ao
estenografista do tribunal que relatasse muita coisa".
Friedman reclamou a Ramos pelo comportamento de Fink.
"O sr. Fink estava latindo para a árvore errada",
disse o advogado ao lembrar do depoimento. "Eu não sei o
que o motivou a latir".
Depois de um árbitro especial rever o comportamento, Ramos
seguiu as recomendações e multou Fink, segundo a decisão de
54 páginas do juiz, que foi publicada ontem. O advogado já
havia pagado outros US$ 1,4 mil por má conduta em outros
momentos do caso.
O árbitro especial também recomendou que Ramos relattasse
Fink ao comitê disciplinar que monitora a conduta de advogados.
A decisão de Ramos não revelou se ele relatou Fink, e Friedman
disse não saber se o juiz o tinha feito ou não.
Fink não retornou ligações pedindo que comentasse o
assunto. Creadore disse que não tinha nada a comentar.
Enquanto isso, o juiz decidiu contra Levine no caso em questão,
dizendo que ele não tinha direito a direitos autorais ou comissões
de Kittle e Angsten.
AP
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