Polícia
prende trio russo por extorsão de sites
Uma operação policial internacional conseguiu uma
vitória contra o crime na Internet ao descobrir uma
quadrilha de extorsão russa que atuava em empresas
e sites de apostas do Reino Unido. Uma investigação
multinacional culminou com a prisão esta semana dos
supostos líderes da quadrilha - três homens com
idades entre 21 e 24 anos, afirmaram autoridades.
Eles
foram presos em operações em São Petersburgo e
nas regiões de Saratov e Stavropol. Novas prisões
podem acontecer, afirmaram as autoridades. A polícia
afirmou que a quadrilha lançou ataques digitais
pela Internet em várias ocasiões. "Estas eram
as principais pessoas por trás da organização.
Eles coordenavam e lavavam dinheiro", disse uma
fonte da embaixada britânica em Moscou.
Eles
foram acusados de ameaçarem empresas de tirarem
seus serviços do ar com uma técnica chamada
"negação de serviço", se não fossem
pagos. A técnica consiste em sobrecarregar
servidores com uma avalanche de pedidos de informações
que trava os equipamentos e os sites alvo. A
quadrilha geralmente pedia entre US$ 10 mil e US$ 20
mil de donos de sites de apostas e agia na véspera
de grandes eventos esportivos.
Esquemas
de pagamentos por proteção espalharam-se durante
os últimos anos, atuando contra sites de comércio
eletrônico de todos os tipos. Investigadores ao
redor do globo têm levantado um perfil dos
suspeitos e descobriram que geralmente tratam-se de
programadores renegados do Leste Europeu. Mas até
agora não tinham conseguido rastreá-los.
Seguindo
uma trilha de pistas complexas como transferências
eletrônicas e emails, a polícia conseguiu
localizar os homens em suas cidades. Um deles, um
rapaz de 21 anos morador da região de Saratov, era
um estudante que trabalhava em uma loja de informática.
"Dois dos suspeitos têm habilidades técnicas
e o terceiro era o homem do dinheiro", afirmou
a porta-voz da Unidade de Crimes de Alta Tecnologia
da Grã-Bretanha (NHTCU), uma das agências que
lideraram a investigação.
Os
três homens podem ser acusados pela nova lei de
crimes de computador da Rússia e por extorsão,
informaram autoridades. A porta-voz da NHTCU afirmou
que é improvável que o Reino Unido peça extradição
dos acusados. Além de investigadores britânicos, o
departamento de crimes de computador do Ministério
de Assuntos Internos da Rússia trabalhou com
autoridades australianas, canadenses e
norte-americanas.
Reuters
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