Hackers conquistam 30 mil
micros zumbis por dia, diz Symantec
da Folha Online
Mais de 30 mil computadores são seqüestrados por dia para fazerem parte de
redes de PCs zumbis, que depois são usados para distribuir spam --as mensagens
não-solicitadas de e-mail-- e atacar outros computadores, diz um estudo da
Symantec, empresa de segurança digital.
Há seis meses, "apenas" 2.000 micros eram controlados a distância
por hackers. De acordo com os especialistas, o número de micros zumbis cresce
rapidamente pois os criminosos digitais estão obtendo um bom lucro com essas
redes, que chegam a ser alugadas por até US$ 3.000.
A Symantec afirma ainda que o número de micros dominados diariamente é o
principal problema registrado no "Internet Threat Report" (Relatório
de Ameaças da Internet), realizado duas vezes por ano pela companhia.
O recorde de PCs zumbis conquistados em um dia é de 75 mil. A marca foi
atingida com os vírus MyDoom e Bagle, que se espalharam com velocidade no início
deste ano.
Submundo
No passado, diz Nigel Beighton, integrante da Equipe de Ameaças da Symantec, os
hackers procuravam criar vírus para obter reconhecimento na comunidade. Hoje,
eles preferem se manter em um "submundo", para que as pragas não
sejam descobertas.
De acordo com Beighton, as redes de micros zumbis são lucrativas e os
criminosos não querem perder controle desses PCs.
"Estamos vendo um aumento considerável no número de vírus que são
usados para dominar computadores. Eles são muito bem programados e são difíceis
de remover", disse ele ao site da "BBC" (news.bbc.co.uk).
Além disso, afirma o especialista, os autores de vírus estão compartilhando
os códigos maliciosos usados para criar as pragas digitais. Isso faz com que
surjam diferentes versões para um vírus. O Agobot, por exemplo, tem mais de
200 variantes.
Beighton acredita que os usuários devem deixar sistemas operacionais antigos,
como o Windows 95 e 98, e instalar versões mais modernas e seguras para se
proteger.
"O problema está nos sistemas mais antigos", afirma. "Faria uma
grande diferença se esses usuários atualizassem seus computadores para reforçar
a segurança [na internet]."
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