Empresa lança computador portátil nos EUA
 


Um computador com funções completas, dotado de Windows XP e com tamanho equivalente a apenas uma fração de um laptop pareceria ser a resposta às orações dos aficionados por tecnologia, mas os elogios ao OQO Model 01 não foram muito entusiasmados.

Depois de meses de boatos, o aparelho foi enfim colocado à venda no começo do mês, por preço inicial de US$ 1.899. A maior parte dos críticos diz que é um equipamento promissor, mas muitos apontaram para deficiências significativas em termos de design e facilidade de uso.

O OQO altera radicalmente o conceito da computação portátil. Enquanto organizadores ao estilo Palm como o Treo, da PalmOne, empregam sistemas operacionais desenvolvidos especialmente para eles e se sincronizam com um computador "real", o OQO pode trabalhar com o mesmo software de um computador doméstico ou empresarial.

Sem nenhum acessório, ele pode se conectar a redes rápidas sem fio (WiFi), câmeras, gravadores de vídeo e impressoras, e pode ser acoplado a um monitor e teclado de dimensões convencionais. Para uso móvel, o OQO tem um teclado completo que desliza para baixo da tela, uma caneta para acionar menus na tela e botões de mouse.

Mas como se poderia esperar de um "Modelo 01", o OQO não atendeu a todas as expectativas dos críticos. Por exemplo, não inclui drives embutidos para disquetes ou CDs, de modo que precisa de um acessório para instalação de software, a não ser que os programas possam ser baixados da Web.

O aparelho também pode atingir temperatura bastante elevada, apontam alguns críticos, e seu microprocessador Transmeta de alta velocidade poderia oferecer potência adicional. O preço de um OQO, dizem muitos, permitiria a compra de um notebook esguio e leve que não sofreria muitos desses problemas.

O OQO "é um pouco estranho e caro demais para servir ao mercado de massa", disse Michael Miller, editor-chefe da PC Magazine. O colunista de tecnologia do USA Today classificou o aparelho como "esperto", mas acrescentou que poderia ser melhor. E a PC World afirmou que "questões de design e desempenho prejudicam essa excelente idéia".

O presidente-executivo da OQO, Jory Bell, insiste que a maioria dos críticos cometeu o erro de avaliar o produto como se fosse um laptop. "Eu acredito que algumas destas críticas não passaram pelos benefícios de se poder carregar um computador no bolso todo o tempo sem ter que sincronizá-lo com outra máquina", disse Bell.

Além da OQO, outras empresas preparam computadores de bolso. A FlipStart, do co-fundador da Microsoft, Paul Allen, é uma delas. Além disso, a Sony também vem revelando novos modelos de PCs de bolso, mas apenas no Japão. Por enquanto, o OQO, que pesa 400 gramas, é o único dispositivo desse segmento no mercado norte-americano.

O OQO é um produto de quatro anos de trabalho, originário de um grupo de cinco fundadores, incluindo Bell, que trabalhou anteriormente para a Apple Computer e para a divisão de pesquisas da IBM.

Agora que o produto foi lançado, afirmou Bell, a companhia trabalha em periféricos como um módulo de telefonia móvel que vai permitir o Modelo 01 fazer chamadas telefônicas. Apesar da parceria com a fabricante em regime de terceirização Flextronics, a OQO não consegue produzir unidades suficientes para atender a demanda, disse Bell.
 
Reuters

 

 Arquivo de noticias...   clic aqui    

Mais noticias. clic

Webmaster

Copyright© 1996/2004  Netmarket  Internet  Brasil - Todos os direitos reservados

Home