Brasil
vence campeonato de robótica no México
O Brasil venceu, pela segunda vez consecutiva, o troféu do campeonato
latino-americano de robótica para estudantes. A competição é
promovida pelo The Institute of Electrical and Electronics Engineers
(IEEE).
O objetivo da prova era
fazer com que o robô Avatar funcionasse como uma máquina de resgates
em Marte e recuperasse tripulantes vivos perdidos no planeta. Os
estudantes do Departamento de Automação e Sistemas da Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC) foram os únicos representantes
brasileiros nas provas.
O planeta Marte foi
representado por uma pista formada por três módulos de madeira com
1,20 cm x 60 cm. Os astronautas perdidos eram pequenas peças. A nave
espacial era um círculo vermelho. O robô foi confeccionado com peças
de Lego e, à primeira vista, parecia um simples brinquedo. Porém, ele
precisava sair da nave espacial, retirar as peças espalhadas pelo
caminho e levá-las novamente até a nave.
Os estudantes do curso
de Engenharia de Controle e Automação da Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC) já são experts nesse tipo de prova. Até hoje, foram
primeiros colocados em todas as competições das quais participaram, e
isso inclui o campeonato latino-americano de 2003 e o desafio de robôs
Copa André Ramos, em 2002.
Tanto talento e dedicação
renderam a eles o que o estudante Christian Silvano chama de respeito.
"Não dá para dizer que vamos ganhar tudo, mas com certeza somos
respeitados em todas as competições que participamos", destaca
Silvano.
Um robô chamado
Avatar
O robô Avatar pode parecer simples, mas não é. Equipado com sensores,
é capaz de identificar a luminosidade das cores preto e branco. Isso é
necessário para que ele consiga se mover na pista (que é branca) e não
se perca da sua nave espacial. Ele também tem sensores de toque,
utilizados para detectar colisões com outros objetos, e um
minicomputador do tipo RCX, totalmente programado pelos estudantes.
Fazendo uma analogia com o ser humano, o sensor seria responsável pelos
sentidos e o computador pela inteligência da máquina.
De acordo com um dos
integrantes da equipe, o estudante Mathias Erdtmann, a principal diferenças
entre o Avatar e seus concorrentes foi a robustez. Diferente de outras máquinas,
ele é capaz de funcionar independente de perturbações externas: a
falta ou o excesso de luz ou mesmo da disposição da pista não
interferem em seu desempenho. Neste sentido, eles consideram o
aprendizado na aula de Introdução à Engenharia de Controle e Automação
indispensável. "Muita gente que estava competindo não tinha noção
do que deveria fazer. Conosco foi diferente porque logo no começo do
curso tivemos uma disciplina fundamental", afirma o estudante
Gustavo Medeiros de Freitas.
A competição
As provas do campeonato latino-americano de robótica ocorreram na
Cidade do México, entre os dias 25 e 27 de outubro. Equipes do México,
Venezuela, Chile, Colômbia e Argentina disputavam o torneio. Só um
grupo representava o Brasil, o da Universidade Federal de Santa
Catarina. Maiores informações podem ser obtidas no site www.das.ufsc.br/robota/.
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