Chuvas
de verão afetam equipamentos de informática
As chuvas de verão provocam aumento no volume de trabalho das empresas de
assistência técnica em equipamentos de informática em todo o País. O
motivo é a forte incidência de raios nas chuvas de verão.
O Brasil é o recordista
mundial de incidência de raios atmosféricos. São 60 milhões por ano,
que causam prejuízos de R$ 500 milhões. Os dados são do Grupo de
Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE), que também detectou um aumento da incidência de raios em grandes
centros urbanos como São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
Tal ocorrência se deve a
elevação de temperatura (ilhas de calor) e da poluição existentes em
grandes cidades. Com isso, as assistências técnicas que fazem reparos de
microcomputadores e periféricos tem um aumento de serviço no verão.
Empresas como a
Vogliatech, de Ribeiro Preto, no interior de São Paulo, costumam montar
esquemas especiais nos meses de calor mais intenso. Época de chuva é sinônimo
de mais trabalho. "De novembro a fevereiro, registramos um aumento de
15% no atendimento a equipamentos com problemas que, com certeza, devem-se
a descargas elétricas", afirma Ronaldo Ignácio da Silva, diretor técnico
da empresa.
Os índices na Sensus,
assistência técnica localizada em Campinas (SP), são registrados em
relatórios. "De outubro para novembro acusamos um aumento de 17% no
número de equipamentos com problemas. Este número cresceu para 23% de
novembro para dezembro", explica Ariovaldo Rampasso, proprietário da
Sensus.
Na capital paulista o
problema parece se agravar. Marcelo Melo Martins, sócio da MZ Tech,
assistência técnica localizada em São Paulo, informa que o número de
computadores e periféricos que chegam para manutenção é 30% maior em
época de chuvas de verão.
Milton Zuntini, gerente
comercial e de marketing da SMS ¿ fabricante nacional de sistemas de
energia como nobreaks, estabilizadores e filtros de linha ¿, afirma que
esse quadro seria diferente se os usuários se conscientizassem da importância
de proteger seus equipamentos, mas ainda há muita desinformação sobre o
assunto. "Embora um número cada vez maior de usuários saiba da
necessidade de um nobreak, muitos só resolvem adquirir um quando têm
prejuízos", salienta.
"Nos esforçamos
para demonstrar que o nobreak é um investimento pequeno, quando
comparamos com os prejuízos gerados pelas falhas da rede de energia elétrica.
Para se ter uma idéia, o preço de um nobreak pode representar menos de
10% do valor de um micro", conta Zuntini.
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