AMSTERDÃ (Reuters) - Exercitar-se regularmente e manter uma dieta saudável
podem colaborar para a redução do risco de desenvolver a doença de Alzheimer,
disse uma especialista na quinta-feira.
Um recente estudo finlandês mostrou que pessoas de meia-idade que fazem
atividade física pelo menos duas vezes por semana podem reduzir em até 50 por
cento o risco de ter Alzheimer mais tarde, afirmou a neurologista Miia Kivipelto
numa conferência em Amsterdã.
"Uma vida ativa, tanto física quanto mental e socialmente, é
preventiva. Nunca é tarde para começar a prevenir a doença de
Alzheimer", disse Kivipelto, especialista em Alzheimer do Centro de
Pesquisa de Gerontologia de Estocolmo.
Estima-se que 12 milhões de pessoas no mundo todo sofram de Alzheimer, que
é a principal causa de demência em idosos. Não há cura para esse problema,
que rouba das pessoas sua memória e sua capacidade de raciocínio, mas
medicamentos podem aliviar os sintomas.
Estudos já mostraram que pessoas que têm pressão alta, colesterol alto ou
são obesas podem ter um risco maior de desenvolver Alzheimer e demência que
pessoas que tenham um estilo de vida mais ativo e saudável, afirmou ela.
As pessoas podem reduzir o risco de ter a doença indo ao médico para
check-ups regulares, monitorando a pressão arterial, o colesterol e o peso,
disse a especialista, paralelamente à conferência sobre envelhecimento
organizada pelo Royal College of Psychiatrists, da Grã-Bretanha.
Outros estudos recentes mostram que os idosos que fazem caminhadas
regularmente também são menos propensos a sofrer de demência. Atividades
mentais como ler e fazer palavras cruzadas também ajudam a desacelerar o declínio
mental.