Mouses começam a desbravar novos territórios

Cerca de 40 anos depois de sua concepção em um laboratório da Califórnia, o mouse está enfim alcançando novos terrenos. Depois de se tornar parte indispensável de qualquer computador de mesa, começou a funcionar em toda espécie de superfície e até mesmo no ar, se flexibilizando para atender às necessidades de uma geração emergente de computadores de alta precisão. Muitos dos mais recentes projetos de tecnologia para mouses estão em exibição esta semana na Computex, em Taiwan.

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Os aparelhos mais avançados oferecem tecnologia óptica e de laser de precisão elevada, deslizando sobre superfícies não convencionais como camurça, pedras e até mesmo sobre a pele humana. E eles também realizam tarefas que variam de armazenagem de arquivos a massagens.

A maior parte das grandes empresas do setor de computação, entre as quais Dell, Hewlett-Packard e IBM, oferecem o aparelho com os computadores pessoais que vendem. Os principais produtores de mouses incluem a Agilent Technologies, e a sueca Logitech talvez seja a única marca reconhecida na categoria.

Um dos modelos mais caros da Logitech, um mouse sem fio a laser que custa US$ 80, funciona de maneira confiável em ampla variedade de superfícies que incluem madeira polida e bruta, de acordo com o site da empresa. Mas boa parte das inovações surge em empresas menos conhecidas, muitas das quais fabricam mouses para as grandes companhias de informática.

A taiwanesa Acrox Technologies, que está estudando abrir seu capital no ano que vem, exibiu diversos produtos novos na Computex, entre os quais sistemas de laser que levam o conceito do mouse para o ar. Um produto projetado para apresentações permite que o usuário movimente o cursor em uma tela projetada e clique em ícones usando um comando no aparelho, ou apontando um feixe de laser, disse Greg Kuo, do departamento de marketing da Acrox.

A maioria dos mouses ópticos tem resolução de leitura de superfície de 800 pontos por polegada (dpi), afirmou Maggie Lian, da NewMen Technology.

Na categoria de alta precisão, destinada também para jogadores de videogames, a NewMen tem modelos com vida útil de 3 milhões de cliques ou mais, comparado com 1 milhão nos modelos comuns. A empresa apresentou ainda um mouse equipado com dois contatos elétricos que quando usados fazem massagem no usuário. A intensidade dos impulsos elétricos pode ser controlada pelo mouse.

A adoção de mouses inovadores vai aumentar com a chegada ao mercado de uma nova gama de produtos mais portáteis, e com as exigências de mais versatilidade e mais precisão, de parte dos usuários.

Rats
O primeiro mouse foi desenvolvido nos anos de 1960 por um grupo de especialistas do Stanford Research Instuitute liderado por Doug Engelbart. A equipe também criou um controle operado pelos pés que chamou de rat. Entretanto, o dispositivo nunca teve sucesso, segundo o site The Mouse Project. O mouse em si não conseguiu se popularizar antes do surgimento dos computadores pessoais na década de 1980.
 
Reuters

 
 
 

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