|
Um doce para quem adivinhar a próxima da
Internet!
Izabelino Tavares
As novas tecnologias parecem não conhecer limites. Até por isso, certamente, a
Internet também não, trazendo uma nova e impactante descoberta quase que a cada
dia. O Brasil comemora dez anos da entrada comercial na rede e efetivo início da
democratização do seu acesso, quando a bola da vez é o Google. Depois de vários
lançamentos, o melhor instrumento de busca online promoveu algo que grassou qual
epidemia virtual: os mapas do site. Sabe-se que 85% dos americanos já
desfrutaram do "hobby"! E, mesmo ainda na fase da curiosidade geral,
localizando, via satélite, a própria casa e a dos amigos, surgia o uso
mercadológico.
Assim, enquanto em Londres as lojas da Nike assinalam seus pontos de vendas, no
Brasil, o Planeta Imóvel adotou o sistema para situar casas e apartamentos na
região de interesse do cliente. Mais: partiu-se para a busca de pessoas, com
certas adequações inusitadas. Caso de empresário californiano, que o incorporou
ao serviço que presta. Ou seja, encontrar, para saírem, homem ou mulher,
independente de opção sexual. Basta o usuário digitar código postal e o tipo
procurado que um mapa, com balões, mostrará foto e o ponto onde se encontra a
pessoa que for indicada.
E o gigante inglês não ficou nisso. Desde agosto, compra cabos de fibra ótica
nos Estados Unidos e adquire conexões velozes. Intenção: criar a Google Net,
rede paralela de acesso gratuito para seus usuários. Por falar em nova Internet,
deve estar operando, desde junho, a primeira rede desvinculada do www. A UNBnet,
desenvolvida pela curitibana United Business Net, que previa serviços de
hospedagem, e-mail, busca, e-commerce e comunicação instantânea, de graça. O
acesso requer navegador também por ela criado, permitindo conectar domínios das
duas redes, ao trocar o www por unb. De início, seria restrita a empresas com
nome comercial ou registro nos órgãos da Internet, esperando-se 10 milhões de
domínios em 90 dias. Isso nos remete a outra questão que tem envolvido técnicos
e autoridades: a superlotação na Internet.
O fato é que o protocolo dos anos 80, padrão de comunicação entre diferentes
redes, após a World Wide Web, em 1995, cresceu até ser padrão mundial. Isso
gerou limitações pelo uso de 68% dos endereços Ips, tocando ao Brasil uns três
milhões ou 0,8% do total. O que leva a gerenciadora Fapesp, a pensar em
racionamento.
Deixei, para o fim, anúncio digno da mais imaginosa ficção, com a promessa pela
Nippon Telegraph & Telephone, da Internet via corpo humano! A Humana Área
Network (Han), com o dispositivo RedTacton usando os campos elétricos
superficiais da pele, transmitiria dados à 2 Megabits por segundo. Cerca de
quase 50 vezes mais que os acessos por linha discada. Alguém equipado com um
sensor poderia trocar itens com outra pessoa portadora do mesmo instrumento, com
simples aperto de mão. Ainda pelo RedTacton, seria possível a um casal permutar
arquivos de vídeo e áudio enquanto faz sexo. Ou download de músicas ao dançar.
Previsão de ocorrer já no próximo ano.
Izabelino Tavares é Consultor de Organização, Estratégia e Gestão Virtual, para
empresas e órgãos públicos.
|
|
|