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Vício em
internet preocupa norte-americanos
da Folha Online
Os psicólogos e psiquiatras norte-americanos se preocupam
cada vez mais com o vício na internet --eles estimam que
entre 6% e 10% dos 189 milhões de internautas do país são
dependentes da navegação virtual. O grupo de pessoas que
sofrem com o problema já ganhou até nome: são os
onlineaholics.
Segundo especialistas, o vício pode ser tão devastador
quando o alcoolismo ou dependência de drogas.
Além disso, afirma o jornal "The New York Times", o uso
compulsivo da internet está associado, muitas vezes, a
outros tipos de dependência --diversos internautas passam
horas on-line para fazer apostas ou acessar conteúdo
pornográfico. Há também aqueles que se viciam em atividades
mais cotidianas, como envio de mensagens eletrônicas e
leitura de blogs.
Segundo a psicóloga Hilarie Cash, diretora do Serviços para
Vício em Internet/Computadores, aqueles que abusam da
navegação geralmente enfrentam outros problemas, como
depressão e ansiedade. Em entrevista ao "NYT" ela afirmou
que os onlineaholics encontram na web uma fuga da realidade
"de acesso fácil e barato, desfrutando do anonimato".
O grupo que ela dirige tem uma lista com 15 sintomas para
identificar o vício no universo virtual. Entre elas, mentir
sobre quanto tempo passam on-line, ganho de peso, dores nas
costas e ansiedade para usar o micro, além de abandono de
hobbies e interações sociais.
Para tratar os onlineaholics, psiquiatras e psicólogos
utilizam diversas técnicas --incluindo o programa de 12
passos, usado entre aqueles que apresentam dependência
química.
O "NYT" também cita um programa de internação no Proctor
Hospital, em Illinois, onde os viciados em internet fazem
terapia em grupo com outros dependentes --como os de
cocaína, por exemplo. Segundo profissionais do hospital, os
sinais de abstinência dos onlineaholics são semelhantes
àqueles apresentados por pessoas com vício em drogas e
álcool: muito suor, ansiedade e paranóia.
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