Google pode anunciar PC
O acontecimento reúne empresas de áudio, imagem digital, videogames,
de tecnologias denominadas emergentes - telefonia e televisão por
Internet, tecnologias wireless -, mas também segmentos em expansão como
o cinema em casa, a alta tecnologia para automóveis e a rádio via
satélite. Duas mil e quinhentas empresas estarão presentes e espera-se a
presença de 140 mil visitantes.
A CES se desenvolve oficialmente entre 5 e 8 de janeiro, mas o
discurso da noite de quarta-feira de Bill Gares, co-fundador da gigante
da informática Microsoft, marcará o pontapé inicial do encontro. Entre
os participantes de renome esperados durante a semana estão também os
dirigentes das empresas Dell, Intel, Google, Kodak, Sony, Yahoo! e
Verizon.
Para Barry, a CES 2006 "refletirá duas tendências de fundo: a
transição dos aparelhos eletrônicos para as tecnologias digitais e a
onipresença da tecnologia wireless, que permite, ao mesmo tempo,
conectar-se à Internet sem estar preso ao telefone, mas também conectar
vários aparelhos na própria casa".
Estas duas tendências permitem atualmente "a convergência das
tecnologias", acrescentou: "isto significa simplificação dos usos, seja
um celular pessoal que reúna as funções de telefone, reprodutor de MP3,
assistente pessoal digital (PDA) e de navegação via satélite (GPS) ou um
aparelho central da casa que seja, ao mesmo tempo, televisão, console de
video game, computador e aparelho de som estéreo".
Carmi Levy, analista da Info-Tech Research, não vê "uma revolução,
mas uma evolução. Já estávamos com um enfoque de convergência no ano
passado, mas agora, os construtores tiram produtos não mais utilizáveis
pelos fanáticos da tecnologia, mas pelo grande público, inclusive os
consumidores menos jovens".
Segundo este analista, os produtos estrelas de 2006 serão basicamente
as telas de televisão de alta definição (tela plana, plasma), os
produtos a meio caminho entre o trabalho e o entretenimento (celulares,
consoles de videogame de última geração) e, certamente, o reprodutor
portátil iPod da Apple em suas últimas versões, "já que este produto é,
por si só, um fenômeno social".
A opinião é compartilhada por Sean Wargo, analista do CEA. Evocando
"o efeito iPod" e "a televisão de alta definição como produto motor", a
Wargo informou que este setor "está pujante, com US$ 122,9 bilhões em
volume de negócios esperado para 2005, uma alta de 8,8%". É um
crescimento menor que os 10% registrados em 2004. "A demanda foi afetada
por temores vinculados à disparada dos preços da energia e por causa dos
furacões", explicou Wargo.
"Mas as festas de Ação de Graças deram motivos para sermos mais
otimistas", avaliou Jim Barry. Este dia festivo, celebrado no fim de
novembro, marca tradicionalmente o início da temporada de compras de fim
de ano, e deu lugar a fortes vendas nas lojas varejistas e online. "Os
produtos eletrônicos viciam e a demanda está aí", disse Levy.
"Os produtos também estão aí", acrescentou, em alusão à saída de
"objetos do desejo", como os últimos iPod, o console multifuncional Xbox
da Microsoft ou os acessos wireless.
AFP