Empresas de cartões ampliam segurança
"Tem havido uma mudança nas pessoas que
atacam redes de computadores, do hacker que busca apenas fama para
aqueles que são movidos por motivos monetários", disse Painter em
entrevista nesta semana. "Ainda existem casos desses hackers solitários,
mas cada vez mais estamos vendo grupos criminosos, grupos que são
frequentemente organizados online e miram contra vítimas na Internet",
disse Painter, durante conferência sobre cibercrime em Londres.
Geralmente esses grupos se dedicam a
furto de dados pessoais, uso ilegal de cartões de banco e organização de
redes de computadores zumbis, onde milhares de PCs são invadidos e
usados para infectar outras máquinas com programas malignos.
Difícil de rastrear
Números precisos sobre o custo global de crimes online são difíceis de
serem apurados, em parte porque algumas organizações preferem ficar no
anonimato do que publicar que suas redes foram atacadas. Em outros
casos, companhias e indivíduos nem possuem conhecimento que estão sendo
invadidos.
A polícia federal dos EUA (o FBI)
estima que todos os tipos de crimes eletrônicos no país gerem custos de
cerca de US$ 400 bilhões à indústria norte-americana, enquanto na
Inglaterra o Departamento de Comércio e Indústria afirma que os crimes
praticados através dos computadores subiram 50% nos últimos dois anos.
"Uma vez que os crimes são praticados online, muitas pessoas ainda não
entendem o que está acontecendo", disse Painter.
Uma crescente preocupação são
criminosos podem definir como alvo serviços de emergência para fazer
extorsão ou terroristas tentados a atacar redes críticas como de
fornecimento de água e eletricidade. Painter citou um caso recente nos
EUA, onde dois jovens hackers inadvertidamente desligaram todas as luzes
de um aeroporto.
"Não há dúvidas de que as ameaças são
variadas e os criminosos mais sofisticados", disse ele. "Do lado
positivo, a resposta a esses casos está ficando melhor também."
Reuters