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Ela é um dos seis pacientes que estão
testando o braço, em desenvolvimento pelo Rehabilitation Institute of
Chicago. Com a prótese que usava anteriormente no braço, Mitchell só
podia executar uma tarefa de cada vez - ou estender o cotovelo, ou abrir
a mão. E ela precisava se concentrar em flexionar o músculo peitoral ou
o trícepes para movimentar o braço.
"Era estranho", lembra Mitchell na
coletiva. "Eu tinha de pensar que minha mão estava lá, ótimo. Agora, que
músculo devo acionar? Agora, basta pensar no movimento".
Como muitos pacientes de amputação,
Mitchell, que era integrante dos Fuzileiros Navais, frequentemente
deixava em casa seu braço protético antigo. "Meu outro braço
simplesmente não funcionava bem o bastante para que valesse a pena
usá-lo", disse. "Este talvez seja maior e cause um certo incômodo, mas a
funcionalidade que oferece torna interessante usá-lo", disse.
O aparelho "é um tanque de guerra",
admite o dr. Todd Kuiken, que o desenvolveu. Pesa cinco quilos, e um
motor se estende bem além do ombro de Mitchell, com cabos e partes
mecânicas, incluindo um dos seis motores, claramente visíveis. A mão
fica coberta por um revestimento cor de carne que se assemelha a uma
luva de borracha para lavar louça, e os dedos se movimentam de modo
tosco. Mas se movem. "Ontem à noite, cortei meu primeiro filé desde a
amputação. Para mim, foi muito importante", disse Mitchell.
O que o braço de Mitchell tem de único
é a interface entre corpo e máquina. Kuiken trabalhou com o dr. Gregory
Dumanian, cirurgião plástico do Northwestern Memorial Hospital,
de Chicago, para transferir os cinco nervos que no passado controlavam o
braço de Mitchell, amputado na altura do ombro depois do acidente.
Reuters