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Jogos são as vedetes do mundo virtual
da Folha de S.Paulo, em Nova York
Os estandes de games foram os mais procurados pelo público que
visitou a NextFest, no Javits Center, um centro de convenções em
Manhattan à beira do rio Hudson. Os visitantes, em sua maioria
jovens, experimentaram em primeira mão uma das mais atraentes
novidades da feira: a integração do jogador ao ambiente virtual.
O usuário agora é também personagem. Dá socos e leva o troco,
pula e executa piruetas. Tudo reproduzido com fidelidade em
telões. O maior sucesso foi Kick Ass Kung-Fu (kung fu do chute
na bunda, numa tradução literal), da
Animaatiokone Industries. Nele, é possível bater no
presidente norte-americano George W. Bush, que também revida as
investidas.
O jogador realiza os golpes em um cenário que consiste em um
tatame de 'chroma-key' --aquele fundo azul ou verde usado em
estúdios de TV para criar efeitos de sobreposição. As imagens
são capturadas por um conjunto de câmeras que projetam o lutador
(você) no ambiente virtual. É impressionante. Dados como cor da
pele, cabelo e porte físico são reproduzidos fielmente.
Mas por que o escárnio contra Bush? "Ele não é um bom
presidente, não sabe dar uma explicação convincente sobre o
porquê da guerra", diz Monique Merril, 17, estudante
secundarista. "Bush roubou as eleições. Vou enchê-lo de
porrada", completa a irmã gêmea Ulyssa. No game, o corpo do
presidente é representado por duas pernas-de-pau.
Esportivo
Outra sensação entre os games foi o Virtusphere, um globo em que
o jogador corre livremente para explorar ambientes de realidade
virtual, projetados por um capacete com telas 3D. De longe,
parece uma daquelas gaiolas de hamster.
A tendência é aliar jogos esportivos aos movimentos reais, de
modo a levar o usuário a se exercitar, reproduzindo técnicas do
esporte original.
No Interface #4 TFT Tennis, da Dirk Eijsbouts, é possível usar
monitores de tela plana como raquetes para rebater saques e
jogadas. Em outra estação, um ambiente de vôlei de praia é
reproduzido, com saltos sobre a rede e manchetes.
A
Atari
exibiu uma mesa eletrônica sensível ao toque para futebol de
botão em que até os próprios botões são virtuais. Mas qual seria
a graça, por que não praticar o esporte de verdade? Jason Poulis,
23, e o amigo Garry Spencer, 21, respondem: "É a novidade, é
diferente. Bola de vôlei e mesa de futebol de botão todo mundo
tem. Esses brinquedos, não". O custo dos mimos ainda não foi
definido por ainda estarem em fase final de produção.
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