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Vídeos de
ataques no Iraque ganham popularidade na internet
da Folha Online
Vídeos mostrando ataques insurgentes contra tropas americanas no
Iraque, geralmente disponíveis em lojas de Bagdá e em sites
islâmicos, migraram nos últimos meses para sites populares de
vídeos na internet, como o YouTube e o Google Video, segundo
reportagem publicada nesta sexta-feira no jornal americano "The
New York Times".
Grande parte das gravações --que mostram atentados contra
soldados e explosões de veículos militares americanos-- não
foram divulgadas por insurgentes, mas por usuários da internet
nos EUA e em outros países, que os disseminaram após serem
publicados em sites islâmicos.
Desde a invasão americana do Iraque, em 2003, mais de 2.700
soldados americanos foram mortos no país. As cenas divulgadas
mostram soldados americanos sendo derrubados por ataques
rebeldes, e veículos blindados sendo atingidos por explosões de
bombas.
Em alguns vídeos, as tropas não parecem ter ficado feridos com
gravidade. Em uma das gravações, chamada "Sniper Hit" e postada
no You Tube, um soldado dos EUA cai após ser atingido por um
disparo, mas em seguida se levanta. Outros vídeos, no entanto,
mostram soldados americanos caídos no chão ou sendo
transportados em helicópteros.
Em um momento em que o governo de George W. Bush restringiu
fotografias de militares no Iraque, e que o Pentágono tenta
controlar vídeos de operações que chegam à mídia, a
popularização dos vídeos na internet permite que americanos
tenham acesso à ação no país.
Nas últimas semanas, o YouTube retirou dezenas de vídeos
publicados em seus arquivos e suspendeu as contas de vários
usuários, devido à reclamações de outros internautas. Mais de
quarenta gravações de combates no Iraque achadas pelo "Times" no
site foram removidas.
No entanto, muitas outras --algumas em árabe-- continuam à
disposição no You Tube. Novos vídeos, alguns com os mesmos
materiais deletados pelo site, são postados diariamente.
Al Qaeda
Russell K. Terry, um veterano da Guerra do Vietnã (1964-1975),
que fundou a Organização dos Veteranos da Guerra do Iraque,
afirmou que "não há como deter" a proliferação dos vídeos.
O porta-voz do Comando Central dos EUA, que supervisiona as
tropas no Iraque, disse que o Exército está ciente do uso de
sites populares na internet para a divulgação dos vídeos.
"Estamos cientes de que enfrentamos um inimigo adaptável, que
utiliza a internet como força multiplicadora" , disse o major
Matt McLaughlin ao "Times". A Al Qaeda utiliza a internet e a
mídia para disseminar a impressão de que a rede tem mais força
do que realmente tem", disse.
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