Britânicos criam 'etiquetas'
para passageiros
Passageiros poderão ter de usar "etiquetas" eletrônicas em uma
medida para aumentar a segurança nos aeroportos, se uma nova
tecnologia que está sendo testada por pesquisadores britânicos
funcionar. O primeiro teste será feito no aeoroporto de Debrecen, na
Hungria e, se tudo correr bem, a tecnologia - já batizada de "Optag"
- poderá se tornar uma realidade "em dois anos", dizem os
pesquisadores.
Os estudos estão sendo feitos em um
novo centro de pesquisas da University College London, o Centro para
a Ciência da Segurança e do Crime, cujo objetivo é desenvolver
tecnologias que ajudem a combater crimes.
"A idéia básica é que os aeroportos
possam ser equipados com uma rede de câmeras panorâmicas e RFID
(sistema de identificação por freqüência de rádio), que monitorariam
os movimentos das pessoas pelos vários terminais", explicou Paul
Brennan, engenheiro elétrico responsável pelo Optag.
Etiqueta no check-in
Pelos planos de Brennan, cada passageiro receberia uma etiqueta ao
fazer o check-in. "No nosso sistema, a localização (do passageiro)
pode ser detectada com uma margem de erro de um metro, e as
informações da etiqueta e do vídeo podem nos dar uma capacidade de
monitoramento muito poderosa."
Embora não armazenem dados, as
etiquetas emitem um sinal que contém uma identificação única.
Os aeroportos poderiam, portanto,
rastrear os movimentos de passageiros considerados suspeitos e
impedi-los de entrar em áreas de acesso restrito.
As etiquetas também poderiam ajudar
se fosse preciso esvaziar os aeroportos em caso de incêndio, ao
localizar crianças rapidamente, por exemplo, ou encontrar
passageiros atrasados para o embarque.
Os pesquisadores ainda precisam
resolver algumas questões, como encontrar uma forma de assegurar que
as etiquetas não sejam trocadas entre os passageiros ou que
simplesmente sejam removidas.
O projeto também poderá alvo de
críticas dos que consideram esse tipo de monitoramento uma infração
das liberdades civis.
BBC Brasil
|