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Francês é detido por
vender cabelos de Ramsés 2º na internet
da
France Presse, em Grenoble
Um homem que havia colocado à
venda na internet cabelos supostamente pertencentes à múmia do faraó egípcio
Ramsés 2º foi detido nesta terça-feira, na França, informaram fontes policiais.
O homem, um carteiro de 50 anos, foi liberado horas depois à espera do resultado
das análises dos especialistas. Ele afirmou que possuía os cabelos porque seu
pai participou dos exames da múmia do faraó em Grenoble, sudeste da França,
entre 1976 e 1977.
Na noite de terça-feira, a polícia de Grenoble confiscou na casa
do homem uma dezena de bolsas de plástico que continham alguns cabelos e
pequenos pedaços das faixas da múmia. O carteiro deve ser acusado de ocultação
de bens.
"Vendo mechas de cabelos da múmia
de Ramsés 2º", afirma uma página na internet, a qual propõe fotos e certificados
para corroborar a autenticidade dos cabelos. Resina para embalsamar e pedaços da
faixa da múmia também estavam à venda. Tudo por 2.000 euros, aproximadamente US$
2.600 dólares.
No Cairo, o diretor de antiguidades egípcias, Zahi Hawass,
exigiu da França "transparência total" na investigação. "Caso sejam peças
autênticas, seria um escândalo, correndo o risco de prejudicar as relações entre
França e Egito", declarou.
A múmia de Ramsés 2º, conservada no museu do
Cairo, foi enviada à França há 30 anos, com o objetivo de averiguar o motivo de
o cadáver do último grande faraó --que reinou de 1279 a 1213 a.C.-- estar sendo
carcomido.
Depois do tratamento na França, a múmia foi repatriada ao
Egito, de onde nunca mais saiu.
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