Como espalhar a banda larga pelo Brasil?

GUARUJÁ - A universalização da banda larga foi o tema de um debate quente nesta manhã de sexta, no INFO Governo Meeting.

O evento, realizado no Guarujá, em São Paulo, reúne até domingo gestores de tecnologia de várias esferas públicas. Participaram da mesa-redonda Marcelo Bechara, consultor jurídico do Ministério das Comunicações, Vitor de Almeida Machado, coordenador geral de TI e Segurança da Informação da Receita Federal, Roberto Agune, superintendente do Núcleo de Capitação em TI da Fundap, e Eberli Riella, gerente de tecnologia da Procempa, de Porto Alegre. O debate foi mediado por Katia Militello, diretora de redação da revista INFO Corporate.

Durante as discussões, foram destacadas iniciativas feitas por várias cidades brasileiras, de casos já consagrados de uso de tecnologia sem fio como Sud Mennucci, no interior de São Paulo, e Piraí, no Rio, a outros mais recentes, como Conservatória e Visconde de Mauá, no Rio.

Os CIOs também falaram sobre o uso de banda larga por energia elétrica – o PLC – em Restinga, em Porto Alegre, que interligou 24 prédios públicos da região. A banda larga chega por rede elétrica e o sinal é espalhado por Wi-Fi. "A saída para fazer grandes coberturas está na combinação de tecnologias", disse Riella, da Procempa.

Da platéia, foi citado o caso de Volta Redonda, também no Rio, que começou a digitalização num projeto de fibra óptica em parceria com a Embratel. Em várias das chamadas cidades digitais, um dos caminhos têm sido tocar iniciativas em conjunto com investimentos dos próprios fabricantes de equipamentos e operadoras.

"A universalização da banda larga tem de ser tratada como obsessão. E falta hoje um projeto de integração das iniciativas existentes", afirmou Marcelo Bechara, do Ministério das Comunicações. Agune, por sua vez, destacou que apenas um terço dos municípios de São Paulo têm acesso à banda larga. "É necessário que se encare o acesso à banda larga como política pública. Sem isso, como você consegue melhorar a educação?".

Agune defendeu que não adianta dar computador às escolas se não houver banda larga e, principalmente, se os professores não souberem usá-la. Os debatedores citaram ainda casos de sucesso de informatização das escolas, como os realizados no Japão e na Coréia do Sul.

 

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