Brasil fica à frente de emergentes em ranking de Tecnologia
da Informação
da BBC Brasil
Um estudo realizado pelo instituto de pesquisas britânico
Economist Intelligence Unit coloca o Brasil à frente de
emergentes como Índia, China e Rússia em uma avaliação do
ambiente para o desenvolvimento da indústria de tecnologia da
informação (TI).
O Brasil ficou em 43º lugar num ranking de 64 países, mas
apesar da colocação ruim, o país foi apontado como um dos
potenciais destaques do setor no futuro.
O estudo avaliou seis indicadores: o ambiente de negócios em
geral, a infra-estrutura de tecnologia da informação, o capital
humano, o ambiente jurídico, o ambiente de pesquisa e
desenvolvimento e o apoio ao desenvolvimento da indústria de TI.
Os resultados do Brasil, em notas de zero a cem, foram
respectivamente 67, 12.9, 39.6, 46, 1.6 e 61.2. Como os
indicadores têm pesos diferentes, a nota final do país ficou em
31.4.
De acordo com a pesquisa, algumas nações, como Índia (com
pontuação de 29.1) e China (27.9), conseguem compensar sérios
problemas na indústria de tecnologia da informação oferecendo
uma mão-de-obra abundante e barata.
Mas esses países poderiam enfrentar, em breve, a competição
vinda de países como o Brasil, Malásia, Vietnã e Rússia. Segundo
o relatório, estes países deveriam investir em nichos
específicos de desenvolvimento de software e serviços.
De acordo com os especialistas da Economist Intelligence Unit,
o melhor ambiente para o desenvolvimento de tecnologia da
informação pode ser encontrado nos Estados Unidos (77.4),
seguidos por Japão (72.7), Coréia do Sul (67.2) e Grã-Bretanha
(67.1).
O estudo diz que os Estados Unidos são o único país que
combina escala e qualidade nas áreas chave que promovem a
competitividade no setor de TI, incluindo educação,
infra-estrutura e incentivo à inovação, além de contar com um
sólido ambiente jurídico, que garante a proteção da propriedade
intelectual.
O relatório alerta, no entanto, que todos os países enfrentam
desafios para manter a competitividade no setor. Os maiores
deles seriam garantir que haja um suprimento constante de novos
talentos e assegurar o apoio do governo na promoção de
competição e inovação na indústria tecnológica.
"Há uma forte ligação entre a presença de incentivo à
competitividade no setor de TI e a força da indústria de
tecnologia da informação nos países. Governantes e líderes do
setor deveriam prestar muita atenção a esses indicadores se
quiserem aumentar a competitividade global de suas indústrias de
TI", diz Denis McCauley, diretor de Pesquisa de Tecnologia
Global da Economist Intelligence Unit.
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