SÃO PAULO - O desenho dos carros que
disputarão os grandes prêmios de 2008 e
a medição de seu desempenho vão usar
fortemente recursos de TI.
Segundo Roberto Brandão, gerente de
tecnologia da AMD, uma parceria entre a
fabricante de chips e a escudeira
Ferrari tem feito uso, desde 2002, de um
conjunto de equipamentos para projetar e
monitorar os carros da equipe.
Brandão explica que, ao desenhar o
carro e o motor, as variáveis como
resistência do ar, durabilidade das
peças, condições de aderência, entre
outros fatores são antes simuladas num
supercomputador. “A AMD mantém em
Maranello, na Itália, um supercomputador
com 800 processadores a disposição da
Ferrari. A capacidade de processamento é
usada para calcular a dinâmica de
fluídos no veículo e resistência das
peças”, diz Brandão.
Segundo a AMD, uma das prioridades na
parceria com a Ferrari é encontrar
formas de desenvolver motores que não
quebram durante a prova.
“Outro momento em que a TI é usada é
durante a prova. Um GP costuma gerar um
terabyte de informação em dados
coletados dos dois carros, durante os
treinos e a corrida no domingo”,
explica.
Um veículo como o carro F1 da Ferrari
dispõe de 500 pontos de monitoramento.
As informações são enviadas por rádio
freqüência a servidores que ficam na
garagem da escuderia. “Estes servidores
ficam online com o supercomputador de
Maranello, que ajuda a processar
informações mais completas e esses dados
auxiliam na tomada de decisão da equipe
e dos pilotos”, diz.
Por determinação da FIA, entidade que
organiza as provas de F1, os dados
obtidos por computador não podem ser
implementados no carro remotamente, como
baixar a pressão de um pneu ou alterar a
freqüência do motor. O piloto é quem
deve fazer as operações, por meio de
botões nos volantes, após receber as
decisões por rádio de sua equipe.