RIO DE JANEIRO - Avaliação de entidade
de TI é que falta mão de obra
qualificada no Brasil.
Na avaliação do presidente da
Federação Nacional das Empresas de
Informática (Fenainfo), Maurício Laval
Pina de Sousa Mugnaini, o maior problema
no setor de brasileiro de software se
refere à mão-de-obra.
“Entrar no mercado da mão-de-obra
terceirizada estrangeira disputando com
a Índia é querer vender o suor do
capital intelectual, quando o Brasil
pode vender o capital intelectual em si,
sendo remunerado por direitos autorais,
com altíssimo valor agregado”.
Segundo ele, a falta dessa
compreensão acarreta um déficit anual de
mão-de-obra de 30 a 35 mil
trabalhadores. Ele acrescenta que o
mercado para a contratação de
mão-de-obra terceirizada estrangeira
requer 200 mil profissionais por ano.
"Não temos essa oferta de
mão-de-obra. E não teremos a mesma
competitividade da Índia a não ser que a
gente tire totalmente a incidência
tributária e sobre folha de pagamento
desse segmento”.
Nesse sentido, ele diz que a Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) 517 pode
ser uma das soluções. "Porque ela
equipara o software ao livro, ao jornal
e ao papel jornal, nos termos do artigo
150 da Constituição, que prevê a
imunidade tributária para esses suportes
do conhecimento”.
Segundo ele, a matéria não avançou em
2007.
“Mas aproveitamos bem as preparações
com a remontagem da Frente Parlamentar
de Informática, agora com 195 deputados
e senadores, e muitas negociações no
âmbito do Ministério da Ciência e
Tecnologia”.