SÃO PAULO - Um projeto de lei em análise
libera as empresas telecom para explorar
serviços de TV a cabo no país.
Atualmente, as concessionárias
telecom não podem realizar este tipo de
operação sozinhas. As empresas que
oferecem serviços do tipo, como pacotes
triple play, o fazem por meio de
transmissão por satélite, caso da
Telefônica, ou em parcerias com empresas
de TVs a cabo, como NET e TVA. No caso
das parcerias, as teles só podem comprar
até 30% do capital da empresa de TV.
O projeto, que esta semana é
analisado pela comissão de comunicação
da Câmara, libera as teles para
oferecerem sozinhas serviços de TV a
cabo.
O projeto é de autoria do deputado de
oposição Paulo Bornhausen (DEM-SC), mas
tem apoio da base governista. O deputado
Jorge Bittar (PT-RJ) é o relator do
projeto e propôs mudanças na idéia
original de Bornhausen.
O texto em análise libera as teles
para explorar TVs, mas impõe condições.
Segundo Bittar, liberar as teles fará o
número de assinantes de TV paga no país
e crescer de 5 para 30 milhões de
assinantes.
Entre as condições estão montar
pacotes com cotas mínimas de canais
nacionais e de produção brasileira de
caráter educativo. Há também limites
para a veiculação de publicidade.
O texto da lei libera as teles para
montar pacotes e distribuir conteúdo. A
produção de conteúdo, no entanto, fica
restrita a empresas de capital nacional,
como já é atualmente. A participação de
teles ou grupos estrangeiros em empresas
de conteúdo fica limitada a 30% do
capital da empresa.
Se aprovado na comissão de
comunicação, o texto será encaminhado
para ir à votação no Plenário da Câmara.
Para ter valor legal, deverá ainda ser
aprovado pelo Senado e sancionado pela
Presidência.