Câmara aprova vigiar presos com localizador

Felipe Zmoginski, do Plantão INFO
 
SÃO PAULO - A Câmara dos Deputados aprovou projeto que permitirá monitorar presos com localizador eletrônico.

Em votação no plenário da Câmara, o projeto que autoriza autoridades penitenciárias a colocar localizadores em presos foi aprovado.

O texto torna legal o uso de tornozeleiras ou pulseiras com localizador para monitorar o deslocamento do preso que obtém o direito de sair às ruas no caso de progressão penal (regimes semi-aberto e condicional) ou quando obtém permissão de ficar livre em datas como Natal, dia das mães e Páscoa.

O uso do localizador deverá ser autorizado por ordem judicial e sua administração fica a cargo das autoridades penitenciárias.

Um projeto parecido foi aprovado em abril, no estado de São Paulo, mas ainda não foi implementado. Há discussões técnicas sobre a constitucionalidade da lei paulista.

Alguns juristas dizem que um estado não pode definir regras penais sozinho, em desacordo com leis nacionais.

Tanto o texto aprovado em Brasília quanto em São Paulo não definem qual tecnologia será usada para vigiar condenados.

Em tese, é possível o uso de navegadores GPS ou mesmo etiquetas RFID, bem mais econômicas, para monitorar os presos.

Já aprovado no Senado, o texto modificado pela Câmara voltará à casa de origem para votação em segundo turno e, depois, deve ser aprovado mais uma vez na Câmara. Só depois disso seguirá para receber aprovação presidencial e, então, virar lei.

O projeto faz parte de um conjunto de medidas para endurecer a legislação penal no Brasil. Além do monitoramento eletrônico, há propostas para terminar com o direito a novo julgamento de acusados condenados a 20 anos ou mais de prisão.

 

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