SÃO PAULO - A Polícia Federal prendeu 27
pessoas nesta terça (13) acusadas de
envolvimento em crimes online.
Chamada de “Operação Cardume”, a ação
policial executou 27 mandados de prisão
e outros 42 de busca e apreensão em 7
Estados do país.
Os agentes da PF investigavam uma
quadrilha que desvia dinheiro pela
internet há pelo menos um ano. O bando
tinha sede na cidade de Porto Alegre,
onde foi detido um jovem acusado de ser
o líder do grupo e responsável por
desenvolver códigos maliciosos para o
furto de senhas e dados bancários.
Os códigos maliciosos eram
distribuídos por outros membros do
bando, responsáveis pelo envio de spam
com phishing a milhares de internautas
no Brasil.
Segundo a polícia, ao obter
informações bancárias o bando tentava
transferir os recursos para a conta de
laranjas, que efetuavam os saques e
repassavam os recursos aos chefes da
quadrilha. Quando o site do banco não
permitia a transferência, então o grupo
tentava usar a conta da vítima para o
pagamento de impostos e contas de água e
luz.
O jovem responsável por desenvolver
códigos maliciosos seria o chefe do
esquema. Os crackers que atuavam
enviando spam recebiam remuneração
proporcional à quantidade de dados
bancários obtidos. Segundo a policial,
alguns spammers chegaram a faturar R$ 5
mil por semana.
Na hierarquia do crime, a menor
remuneração cabia aos laranjas, que
recebiam cerca de R$ 200 por “emprestar”
suas contas para receber o dinheiro
desviado.
A “Operação Cardume” contou com 215
policiais e efetuou apreensões de PCs e
discos de dados em 12 cidades gaúchas,
incluindo Porto Alegre, além de
municípios nos Estados de Santa
Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro,
Minas Gerais, Bahia e Sergipe.
A polícia acredita que só nos últimos
12 meses o bando tenha causado prejuízos
de R$ 5 milhões às instituições
financeiras.