Reuters
PEQUIM - A imprensa devia ter sido
avisada antes de que não teria
acesso livre à internet na China,
durante a cobertura dos jogos
olímpicos de Pequim, disse um membro
do Comitê Olímpico Internacional
(COI) nesta quinta-feira (31/07).
O chefe de imprensa do COI, Kevin
Gosper, afirmou que tanto ele quanto
a mídia internacional foram pegos de
surpresa pelo bloqueio de sites.
“A 48 horas atrás eu ainda não sabia
de nada e insistia que não havia
censura", ele explicou.
“Percebemos agora que as
declarações do Comitê Organizador
dos Jogos Olímpicos de Pequim (da
sigla em inglês BOCOG) mudou sua
fala de que “não havia censura” para
a de que a censura seria “oportuna e
conveniente”, e há uma grande
diferença entre as duas afirmações”,
reclamou.
“De qualquer forma, ainda ninguém
disse oficialmente, em nome do BOCOG
ou do COI, ´desculpe, mas certos
sites estão realmente bloqueados´,
disse Gosper.
O BOCOG é responsável pela
estrutura dos jogos olímpicos, sob o
comando do COI, que determina as
políticas e as estratégias gerais do
evento.
A Anistia Internacional, cujo
website está inacessível na China,
desaprovou as restrições e as
classificou como “comprometedoras
dos direitos humanos e ofensivas aos
valores olímpicos”.