Carlos Machado, da INFO
SÃO PAULO – Setenta e cinco por
cento dos web sites que têm malware
são endereços legítimos que foram
contaminados.
Essa informação é uma das
conclusões do estudo State of
Internet Security, relativo ao
primeiro semestre de 2008, publicado
pela Websense. Segundo o documento,
a presença de códigos maliciosos em
sites legítimos cresceu 50% em
relação ao semestre anterior
(julho-dezembro/2007).
O relatório também concluiu que 60%
dos 100 web sites mais populares ou
abrigaram códigos nocivos ou
estiveram de alguma forma envolvidos
em atividades maliciosas na primeira
metade de 2008.
Outras constatações do estudo da
Websense dão conta de que 87% das
mensagens de e-mail no período
correspondiam a spam. Da mesma
forma, 76,% dos e-mails em
circulação continham links para
sites envolvidos com spam ou códigos
maliciosos.
O relatório observa ainda que o
spam associado a pornografia sofreu
redução de 70% e deixou de ser a
categoria mais volumosa entre as
mensagens não solicitadas. Entre os
campeões destacam-se agora os
e-mails que propagandeiam cosméticos
e remédios. Na análise da Websense,
o aumento considerável de web sites
legítimos contendo malware está
associado à expansão dos
procedimentos da web 2.0. Diz o
relatório:
"À medida que mais organizações e
seus empregados estão adotando as
tecnologias da web 2.0 por motivos
comerciais legítimos, os usuários
recebem privilégios, como o de
editar conteúdos diretamente ou
fazer o upload de arquivos.
Potencialmente, isso causa mais
problemas de segurança, uma vez que
muitas organizações não dispõem das
tecnologias e práticas de segurança
para tornar seguro o uso da web
2.0".
Essa situação, alerta o
relatório, dá aos hackers condições
de atacar usuários e empresas,
lançando mão de uma variedade de
recursos, a exemplo de mash-ups e
injeção de código. Veja no quadro ao
alto a lista dos dez mais
importantes vetores de ataques
elencados pela Websense no primeiro
semestre de 2008.