O fascínio pela
tecnologia nem sempre se limita às novidades high-tech. O artista
Jeremy Mayer, por exemplo, é um entusiasta de velhas
máquinas de escrever. Mas em vez de tratá-las com o cuidado de um
colecionador, Mayer desmonta-as peça por peça e recombina as partes para
construir humanóides e animais que evocam a relação homem-máquina.
O artista americano começou a trabalhar com máquinas de escrever em
1994, mas afirma que o interesse surgiu na infância. "Quando tinha uns
10 anos eu morria de vontade de desmontar a Underwood de 1920 da minha
mãe", diz.
Geralmente ele compra as máquinas em lojas de artigos usados. Depois
de "dissecá-las", como diz, ele monta as figuras humanas em escala
natural - sem nenhum tipo de solda ou cola. Algumas chegam a usar 40
máquinas e levam até mil horas para ficarem prontas.
Com um grande interesse por novidades tecnológicas, Mayer não
consegue separar a tecnologia da natureza, o que se reflete diretamente
em suas obras. "Tudo o que criamos é influenciado por nossa experiência
direta e nossa imersão no mundo natural", disse o artista em entrevista
exclusiva ao Terra. "Então, obviamente, a tecnologia que criamos
terá as curvas e linhas e processos que existem na natureza."
O objetivo das esculturas é extrair elementos do objeto e juntá-los
novamente "para mostrar que o fizemos usando nós mesmos como modelos",
disse Mayer.
A presença da tecnologia no trabalho do artista, porém, não se limita
a isso. Ele reconhece que a Internet é fundamental para sua produção e
para divulgar seu trabalho.
Para ele, a
web também é uma forma de conhecer e entrar em contato com seu
público.
Seu trabalho pode ser conferido no site www.jeremymayer.com.
Redação Terra