OnLive
garante que jogos pesados rodarão por
streaming, independente de onde o
usuário estiver
Ter um videogame top de linha sempre foi
uma tarefa árdua para o brasileiro.
Primeiro que eles demoram a chegar por
aqui. Quando chegam, vêm a preços
caríssimos, com uma diferença muito
maior da que encontramos em notebooks,
por exemplo. Além disso, lidamos com a
escassez de jogos (que também custam os
olhos da cara) e "pé atrás" das
fabricantes que consideram, com razão, o
Brasil um antro das cópias não
autorizadas. Nos resta torcer por
alternativas mais em conta, com soluções
menos suscetíveis a altos impostos com
importação. E mais uma vez, ela, a
computação em nuvem, pode nos oferecer
uma resposta.
Ainda em caráter experimental nos
Estados Unidos, o videogame OnLive é bem
diferente de consoles como Xbox 360, Wii
e Playstation 3. Ele se resume a um
adaptador com entrada para os controles
e conexão para um cabo de rede. O
adaptador pode ser instalado tanto numa
TV ou projetor, como num PC. Não há
download, os jogos são transmitidos por
streaming em tempo real, direto dos
servidores da empresa até o dispositivo
escolhido pelo usuário.
E se engana quem pensa que são aqueles
jogos toscos, com gráficos simples, de
tempos do Atari. Títulos, como Prince of
Persia, Crysis e Tomb Raider, estão
anunciados no
site do OnLive, que promete o
lançamento oficial para o final deste
ano.
“O OnLive funciona com qualquer conexão
banda larga (DSL, cabo, fibra ou LAN).
Para jogar na definição de uma TV
padrão, o videogame necessita de uma
conexão com velocidade mínima de 1,5
Mbps. Para o formato de resolução HD
(720p) é preciso um mínimo de 5 Mbps”,
diz o site da OnLive. A empresa garante
que não haverá perdas com a oscilação de
banda. O segredo é um algoritmo
especialmente desenhado para fazer o
controle.
Em testes realizados por alguns sites de
games americanos, o OnLive funcionou
perfeitamente, inclusive em games
pesadíssimos, como é o caso do Crysis.
Em relação a preços e planos, a empresa
diz que vai aguardar a data mais próxima
do anúncio para divulgá-los. Basta saber
se quando houver um acesso em massa, a
tal da nuvem dará conta do recado