Fabrício Escandiuzzi
Direto de Florianópolis
Uma
clínica
médica
em
Florianópolis
começou
a
utilizar
o
sistema
de
Identificação
por
Radiofreqüência
(RFID,
sigla
de
Radio-Frequency
Identification)
para
controlar
o
estoque
de
dispositivos
implantáveis
de
alto
custo.
É a
primeira
do
Brasil
a
utilizar
esse
tipo
de
tecnologia
de
"etiquetas
inteligentes"
na
administração
de
equipamentos
e
estoque
consignado.
A
experiência
tem
dado
certo
e a
tecnologia
poderá
ser
aplicada
aos
prontuários
e
históricos
médicos
dos
pacientes,
em
breve.
O
RFID
surgiu
como
um
possível
substituto
do
código
de
barras
pela
capacidade
de
armazenamento
de
um
número
infinitamente
superior
à
atual
teconologia,
num
chip
cerca
de
dez
vezes
menor
do
que
uma
formiga.
Em
Florianópolis,
uma
parceria
entre
a
empresa
Gtt
(Goods
that
talk)
e a
Coris
Medicina
Avançada
permitiu
a
aplicação
da
tecnologia
para
o
controle
de
catéteres,
próteses
e
outros
equipamentos
de
uso
na
medicina.
Por
serem
muito
caros,
esses
produtos
são
mantidos
em
consignação
A
solução
"Gtt
Cabinet"
utiliza
a
plataforma
RFID
para
fornecer
a
chamada
etiqueta
inteligente
¿
TAG
¿
com
um
número
de
série
único,
evitando
que
um
mesmo
objeto
apareça
mais
de
uma
vez
dentro
do
estoque.
"A
solução
gerencia
a
organização
dos
produtos
por
tamanhos,
grupos
de
dispositivos,
fabricantes
ou
tipos
de
procedimentos
e
permite
restringir
também
o
acesso
de
pessoas
não
autorizadas
aos
materiais,
garantindo
maior
segurança
aos
pacientes",
explica
o
engenheiro
de
produção
Thiago
Freitas.
"Sempre
que
o
material
é
acessado,
desde
médicos
até
os
próprios
fornecedores
em
consignação
são
informados
em
tempo
real".
A
aplicação,
segundo
Thiago,
aumenta
a
capacidade
de
atendimento
da
clícica
ao
gerar
economia
de
tempo.
"Com
isso,
os
funcionários
da
clínica
passam
a
dedicar
seu
tempo
integralmente
para
cuidar
de
pacientes,
sem
se
preocuparem
com
questões
de
estoque",
destaca.
"Ainda
estudamos
aplicar
todas
as
informações
e
históricos
médicos
numa
etiqueta
na
pulseira
do
paciente,
permitindo
o
acesso
ao
seu
prontuário
em
tempo
real
e
agilizando
o
atendimento".
A
tecnologia
O
sistema
RFID
tem
diversas
vantagens
em
relação
ao
código
linear
(barras).
O
sistema
pode
armazenar
uma
série
de
informações
sobre
os
produtos,
como
origem,
validade,
cor,
uso,
data
de
fabricação,
entre
outras.
O
código
de
barras,
por
sua
vez,
formado
por
treze
números,
não
abrange
tamanha
quantidade
de
informações.
A
cor
de
uma
blusa
ou a
data
de
fabricação
de
um
equipamento
exposto
na
etiqueta
eletrônica
podem
não
fazer
tanta
diferença
ao
consumidor
num
primeiro
instante,
mas
para
o
varejista
essa
distinção
torna-se
cada
vez
mais
necessária
em
sua
estratégia
de
reposição.
"O
custo
de
aplicação
de
cada
etiqueta
gira
em
torno
de
trinta
centavos,
o
que
de
certa
forma
inviabiliza
sua
aplicação,
por
exemplo,
em
grandes
redes
de
supermercados",
afirma
o
engenheiro.
A
tecnologia,
apesar
de
recentemente
ter
começado
a
ser
aplicada
na
indústria,
surgiu
no
final
dos
anos
30.
Militares
usavam
a
radiofrequência
para
identificar
aviões
aliados
durante
combates
da
Segunda
Guerra
Mundial.
Hoje,
o
uso
está
cada
mais
abrangente,
de
clínicas
médicas,
bibliotecas,
controle
de
estoques
de
medicamentos,
portos,
identificação
animal,
hotéis
e
tem
se
mostrado
eficiente
na
aplicação
em
redes
de
supermercados.
"O
RFID
permite
uma
série
de
aplicações
notáveis",
completa
Thiago.
"Na
clínica
tem
se
mostrado
muito
útil
no
controle
dos
produtos
de
alto
valor
agregado
e na
economia
de
tempo".
Especial para Terra